fonte: http://www.bolsadearte.com/compra-venda/criterios-de-avaliacao/
Avaliar uma obra de arte é uma tarefa complexa que exige conhecimentos técnicos e experiência. Por isso é necessário considerar diversos fatores, sendo o mais importante a lei básica do mercado : oferta e procura.
Visando uma melhor orientação aos colecionadores, principalmente os novos, indicamos regras a serem consideradas na ocasião da aquisição ou venda de uma obra de arte:
1 - AutorOs artistas atingem cotações diversas, mesmo sendo do mesmo período ou co biografias similares.
2 - TécnicaA valorização de uma obra quanto obedece a seguinte escala:1.Óleo e/ou acrílica sobre tela, madeira ou cartão;
2.Guache ou têmpera sobre cartão ou papel;
3.Aquarela,pastel,lápis de cor ou ecoline sobre papel;
4.Desenhos a nanquim,carvão,sanguínea,sépia ou lápis;
5.Gravuras (litografia,xilogravura,gravura em metal,serigrafia);
3 - FaseSomente com um olhar retrospectivo é que se consegue determinar quais as fases mais valorizadas de um artista e que configuram o auge de sua criatividade e importância.Não obedecem necessariamente uma ordem cronológica.
4 - DimensõesO tamanho influi no valor de uma obra de arte.
5 - ConservaçãoO bom estado de conservação contribui para sua maior valorização.
6 - TemaCada artista possui temas que o consagram. É o que o mercado define como tipicidade.
7 - OrigemA procedência conta no valor final de uma obra de arte.
8 - Valor HistóricoA participação de uma determinada obra em movimentos artísticos ou exposições importantes.9 - BibliografiaObras citadas e/ou reproduzidas em livros ou catálogos podem elevar seu valor.10 - ModismoExistem épocas onde alguns temas e artistas são mais procurados pelo mercado, sem um motivo específico.11 - AssinaturaA falta de assinatura pode diminuir o valor de uma obra de arte. OBS1.: O material usado nas esculturas, dimensões e tiragem devem ser observados como fatores de avalição.
OBS2.: O conteúdo de avaliação serve como base de apoio geral, podendo haver exceções.
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domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
capítulo 1: anos 1970 (leitura sistematizada) AS NOVAS REGRAS DO JOGO
ATUAÇÃO REPRESSORA DO ESTADO E O FORTALECIMENTO DO MERCADO EMPRESARIAL
AUMENTO DO VOLUME E DIMENSÃO EMPRESARIAL DO MERCADO DE ARTE. AFASTAMENTO DAS PREOCUPAÇÕES DEMOCRATIZANTES E FORTALECIMENTO DO ELITISMO DA PRODUÇÃO EM ARTE.DINAMIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO: COMPRA DE OBRAS DE ARTE OLHADA COMO INVESTIMENTO. CLIMA DE ESPECULAÇÃO: QUADRO DE PORTINARI, APLICAÇÕES IMOBILIÁRIAS. VALORES DA ARTE DETERMINADOS PELO MERCADO DAS EMERGENTES E ORGANIZADAS GALERIAS.EXPOSIÇÕES E LEILÕES. VENDAS EM GRANDE ESCALA.GRUPOS FINANCEIROS LIGADOS AOS LEILÕES.
O Banco Nacional foi uma instituição financeira brasileira fundada por Francisco Moreira da Costa (irmão do ex-ministro da Fazenda Delfim Moreira) e pelo ex-governador de Minas Gerais José de Magalhães Pinto.
O banco foi o principal patrocinador do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna e foi também o primeiro patrocinador do Jornal Nacional da Rede Globo.
Nas partidas finais do Campeonato Brasileiro de 1984 patrocinou o Fluminense e o Vasco.
Em 1994 o banco passou por dificuldades financeiras e sofreu intervenção do Banco Central que criou o Proer no intuito de evitar um desastre no sistema econômico do país. Em novembro de 1995, sob a acusação de ter inflado seu patrimônio com mais de 600 contas fictícias, o banco foi liquidado. A instituição recebeu aproximadamente R$ 15 bilhões do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Pouco mais da metade desses recursos foram recuperados pelo Banco Central do Brasil. Seus ativos foram transferidos para o Unibanco e seus passivos ficaram com o Banco Central do Brasil.
VALOR DA OBRA NÃO ERA ESTABELECIDO PELA CONCORRÊNCIA DE MERCADO OU PELA ACEITAÇÃO DO PÚBLICO E SIM PELA SUA INSERÇÃO NO CIRCUITO DE DIFUSÃO QUE O LEGITIMAVA.CONDIÇÃO DE CONSUMO DAS ARTES VISUAIS QUE SUJEITA O COMPRADOR E O ARTISTA ÀS INTERVENÇÕES DOS DIFUSORES (MARCHANDS, CRÍTICOS, DIRETORES DE INSTITUIÇÕES)DIFERENTE DA LITERATURA E CINEMA: É A ACEITAÇÃO DO PÚBLICO QUE DEFINE O SUCESSO DE DETERMINADA OBRA/ARTISTA.
Professor da pós-Graduação em Estudos Culturais da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH/USP), José Carlos Garcia Durand é especialista na área de política e gestão culturais, exemplificadas tanto por modelos internacionais como pelo caso brasileiro
SEGUNDO DURAND: ABSORÇÃO DA MAIORIA DAS OBRAS DOS ARTISTAS MODERNISTAS PELO MERCADO LOCAL (FIM DOS ANOS 1960). PRODUÇÃO BRASILEIRA MODERNISTA FICOU PRATICAMENTE CONCENTRADA NO PAÍS, AO CONTRÁRIO DA MEXICANA/ COLOMBIANA ABSORVIDAS PELO MERCADO NORTE-AMERICANO.TRABALHOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA PRESENTES NOS LEILÕES DA SOTHEBY'S E CHRISTIE'S ERAM DE ARTISTAS MODERNISTAS.
*ALTERAÇÃO A PARTIR DOS ANOS 2000: VENDA DO ACERVO DE ADOLPHO LEIRNER P/ MUSEUM OF FINE ARTS OF HOUSTON (15 MILHÕES DE DÓLARES) E OBRAS DOS OITICICA P/ TATE GALERY.
Adolpho Leirner
Outros Nomes: Adolfo Leirner
Born: 1935 (Brasil, São Paulo, São Paulo)
pai de: Betty Leirner
pai de: Jac Leirner
Artistry: Empresário, Colecionador
O Museu de Belas-Artes de Houston, localizado no Distrito de Houston, é um dos maiores museus dos Estados Unidos e o mais antigo do estado do Texas.
Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 — Rio de Janeiro, 22 de março de 1980) foi um pintor, escultor,artista plástico e performático de aspirações anarquistas.
É considerado por muitos, um dos maiores artistas da história da arte.
Hélio Oiticica buscou a superação da noção de objeto de arte como tradicionalmente definido pelas artes plásticas até então, em diálogo com a Teoria do não-objeto de Ferreira Gullar. O espectador também foi redefinido pelo artista carioca, que alçou o indivíduo à posição de participador, aberto a um novo comportamento que o conduzisse ao “exercício experimental da liberdade”, como articulado por Mário Pedrosa. Nesse sentido, o objeto foi uma passagem do entendimento de arte contemplativa para a arte que afeta comportamentos, que tem uma dimensão ética, social e política, como explicitado no texto Nova Objetividade Brasileira, publicado em 1967 no catálogo da exposição homônima ocorrida no MAM-RJ.
O conceito “Supras sensorial”, que Oiticica desenvolve também de 1967, propõe experiências com a percepção do participador, investigando possibilidades de dilatamento de suas capacidades sensoriais – uma “supras sensação”, semelhante àquela causada pelo efeito de drogas alucinógenas ou pelo êxtase do samba. Poderia a arte atingir esse mesmo efeito? Segundo Oiticica, o supras sensorial levaria o indivíduo “à descoberta do seu centro criativo interior, da sua espontaneidade expressiva adormecida, condicionada ao cotidiano”.
Hélio Oiticica aspira à superação de uma arte conformista, elitista, condicionante, limitada ao processo de estímulo-reação, que se configura como instrumento de domínio intelectual e comportamental. Propõe, então, uma arte que busca uma abertura ao participador e do participador, através de experiências que promovam uma volta do sujeito a si mesmo, redescobrindo e libertando-se de seus condicionamentos éticos e estéticos, impelindo-o a um estado criativo em uma vivência suprassensível.
Tate Britain (known from 1897 to 1932 as the National Gallery of British Art and from 1932 to 2000 as the Tate Gallery) is an art gallery situated on Millbank in London. It is part of the Tate network of galleries in England, with Tate Modern, Tate Liverpool and Tate St Ives. It is the oldest gallery in the network, having opened in 1897. It houses a substantial collection of the works of J. M. W. Turner.
NO BRASIL: ALTOS VALORES OBTIDOS NO MERCADO INTERNO. DESESTÍMULO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL. RENTABILIDADE DO MERCADO LOCAL. MARCHANDS SE VOLTARAM PREDOMINANTEMENTE PARA O PÚBLICO NACIONAL. DESINTERESSE DE BUSCAR ESPAÇOS NO ÂMBITO INTERNACIONAL.PRODUÇÃO ARTÍSTICA NACIONAL ALINHADA COM TERMOS ESTÉTICOS E CONCEITUAIS DOS MOVIMENTOS INTERNACIONAIS, PORÉM A DINÂMICA DO MERCADO DE ARTE DIRIGIU-SE AOS CONSUMIDORES NACIONAIS. SEM INTERESSE PELA PRODUÇÃO EXTERNA. DEMANDAVA OUTRO TIPO DE ESTRATÉGIA PARA INSERÇÃO NO MEIO LOCAL. LEGISLAÇÃO TARIFÁRIA BRASILEIRA CLASSIFICA OBRAS DE ARTE COMO PRODUTOS DE LUXO. TAXAS ALTAS NOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO, DIFICULTANDO A ENTRADA DE OBRAS ESTRANGEIRAS NO PAÍS. LEGISLAÇÃO RESTRITIVA AO INGRESSO DE OBRAS ESTRANGEIRAS. O BRASIL FECHOU-SE PARA O MERCADO INTERNACIONAL.ESSAS CONDIÇÕES DESESTIMULARAM A ABERTURA DO MERCADO BRASILEIRO AOS ARTISTAS INTERNACIONAIS MAIS IMPORTANTES.
Galeria Collectio (1969-73): DESTAQUE
MERCADO EMPRESARIAL DE ARTE, DÉCADA DE 1970.LEILÕES. MAIS DINÂMICAS ATUAÇÕES NAS ARTES VISUAIS. FORMA DE TRATAR OBRA COMO NOS GRANDES MERCADOS INTERNACIONAIS. LINHA DE CATÁLOGOS ILUSTRADOS, LUXUOSOS. VISUALIZAÇÃO DE OBRAS. MOSTRA E LIVRO: ARTE BRASIL HOJE - 50 ANOS DEPOIS
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois (1972 : São Paulo, SP)
Inicio: 1972
Local de realização: Brasil, São Paulo, São Paulo
Instituição: Galeria da Collectio (São Paulo, SP)
Classificação: Exposição
Tipo de evento: Coletiva
Condição: Fixa
Participante
Abraham Palatnik Alcides Santos
Aldemir Martins
Alfredo Volpi
Aloísio Magalhães
Álvaro Apocalypse
Amelia Toledo
Amilcar de Castro
Anamélia
Anna Bella Geiger
Anna Letycia
Antonio Arney
Antonio Dias
Antonio Henrique Amaral
Antonio Maia
Arcangelo Ianelli
Ascânio MMM
Babinski
Benjamin Silva
Bianco
Bonadei
Carlos Fajardo
Carlos Scliar
Carlos Vergara
Carybé
Checcacci
Chico da Silva
Cicero Dias
Claudio Tozzi
Clóvis Graciano
Conceição dos Bugres
Darcílio Lima
Darel
Di Cavalcanti
Djanira
Edo Rocha
Eduardo Cruz
Eduardo Sued
Eli Heil
Elke Hering Bell
Elza O. S.
Emanoel Araújo
Emeric Marcier
Farnese de Andrade
Fayga Ostrower
Félix
Fernando Velloso
Flávio de Carvalho
Flávio Tavares
Francisco Brennand
Francisco Rebolo
Francisco Stockinger
Frans Krajcberg
Franz Weissmann
Frederico Morais
Frederico Nasser
Fulvio Pennacchi
Gastão Manuel Henrique
Gerson de Souza
Gilvan Samico
Glauco Rodrigues
Glenio Bianchetti
Grauben
GTO
Guilherme de Faria
Guita Charifker
Helena Wong
Helio Rola
Henrique Leo Fuhro
Hércules Barsotti
Humberto Espíndola
Iaponi
Iazid Thame
Iberê Camargo
Inácio Rodrigues
Inimá de Paula
Ione Saldanha
Ivald Granato
Ivan Freitas
Ivan Serpa
Ivens Fontoura
Jacques Douchez
Jenner Augusto
João Câmara
João Carlos Galvão
João Henrique
João Osorio Brzezinski
John Graz
José Antônio da Silva
José Barbosa
José de Dome
José de Freitas
José Lima
José Resende
José Tarcisio
Joyce Schleiniger
Lothar Charoux
Lotus Lobo
Luiz Aquila
Luiz Paulo Baravelli
Lula Cardoso Ayres
Lygia Clark
Madeleine Colaço
Manabu Mabe
Manoel Martins
Manoel Serpa
Marcelo Grassmann
Márcia Barroso do Amaral
Maria Bonomi
Maria Carmen
Maria do Santíssimo
Maria Helena Andrés
Maria Leontina
Mário Campello
Mario Cravo Júnior
Mario Cravo Neto
Mário Gruber
Martinho de Haro
Massuo Nakakubo
Maurício Nogueira Lima
Miguel dos Santos
Milton Dacosta
Moacir Andrade
Montez Magno
Nelson Leirner
Ninita Moutinho
Norberto Nicola
Orlando Teruz
Osmar Dillon
Paes Loureiro
Paulo Roberto Leal
Peter Potocky
Piza
Raymundo Colares
Renato Moriconi
Reynaldo Fonseca
Roberto Feitosa
Roberto Lúcio
Roberto Magalhães
Rosina Becker do Valle
Rossini Perez
Rubem Valentim
Rubens Gerchman
Ruy Meira
Sara Ávila
Sérgio Augusto Porto
Sérgio Camargo
Tarsila do Amaral
Thomaz
Tikashi Fukushima
Tomie Ohtake
Tomoshige Kusuno
Tuneu
Ubi Bava
Vera Chaves Barcellos
Waldemar Cordeiro
Walter Lewy
Wanda Pimentel
Wellington Virgolino
Wesley Duke Lee
Willys de Castro
Yara Tupynambá
Yutaka Toyota
Zaluar
Zoravia Bettiol
Roberto Pontual
Outros Nomes: Roberto Gonçalves Pontual
Nascimento: 1939 (Brasil, Pernambuco, Recife)
Morte: 2/5/1994 (França, Ile de France, Paris)
Habilidades: Crítico de arte, Curador, Crítico literário
RICO ACERVO DA ARTE BRASILEIRA, ADQUIRIDO PELA GALERIA COLLECTIO. ARTISTAS E OBRAS DA SEMANA DE 1922.IMPORTANTE REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA NO PAÍS. COLLECTIO APROVEITOU O MOMENTO PROPÍCIO ECONOMIA NACIONAL. ENVOLVEU CAPITAIS DISPONÍVEIS EM TRANSAÇÕES DE OBRAS ARTÍSTICAS. SISTEMA DA ARTE + SISTEMA BANCÁRIO E MUNDO DOS NEGÓCIOS.INTERVENÇÃO: LINHAS DE FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE OBRAS DE ARTE. CAPITAL DE INVESTIDORES.MÉTODOS ESPECULATIVOS DE SEU PROPRIETÁRIO. MERCADO DE ARTE ESTAVA EM CRESCENTE AVANÇO AO LONGO DAQUELA DÉCADA E DAS SEGUINTES.
EMPRESARIADO ENRIQUECIDO NO PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO ECONÔMICA NO PAÍS. IMPORTANTE FATIA NO MERCADO DE ARTE QUE SE DESENVOLVIA.MÉDIOS PROFISSIONALMENTE BEM COLOCADOS: EXECUTIVOS, TÉCNICOS ESPECIALIZADOS, PROFISSIONAIS LIBERAIS: PÚBLICO CONSUMIDOR EM EXPANSÃO. SEGMENTOS SOCIAIS DE PODER AQUISITIVO MAIS RESTRITIVO. PROPOSTA DA OBRA MÚLTIPLA. GRAVURAS ASSINADAS E NUMERADAS, ESCULTURAS DE BRONZE, TERRACOTA OU RESINA. OBJETOS DE ARTE OFERECIDOS POR AQUELE MERCADO A PARTIR DA SEGUNDA METADE DA DÉCADA DE 1970.
CRIAÇÃO EM SÃO PAULO DE VÁRIAS GALERIAS:
GALERIA MÚLTIPLA - 1973. GALERIA ARTE APLICADA - 1971. COMERCIALIZAÇÃO DE OBJETOS DE PEQUENO PORTE, ESCALA REDUZIDA, PREÇOS MAIS SEDUTORES QUE AS OBRAS ÚNICAS.
Galeria Múltipla de Arte (São Paulo, SP)
Outros Nomes: Multipla de Arte | Múltipla Galeria de Arte | Galeria Múltipla
Atuação: Galeria de Arte
Frans Krajcberg (1972 : São Paulo, SP : Galeria Múltipla de Arte)
início: 1972
Galeria Múltipla de Arte (São Paulo, SP)
Sede
Individual
Cosmorelief (2010 : São Paulo, SP)
início: 27/9/2010 - término: 30/10/2010
Galeria Múltipla de Arte (São Paulo, SP)
Sede
Individual
http://arteaplicada.com.br/
GALERIA SKULTURA - 1975.
Skultura Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Abertura: 18/11/1976 (Brasil, São Paulo, São Paulo)
Fechamento: 30/4/2001 (Brasil, São Paulo, São Paulo)
Atuação: Galeria de Arte
obras de Vânia Vilela
Sonia Ebling (1976 : São Paulo, SP)
início: 1976
Skultura Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Sede
Individual
Coleção 2000 (2000 : São Paulo, SP)
início: 2000 - término: 2000
Skultura Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Sede
Coletiva
GABINETE DAS ARTES GRÁFICAS - 1974
Sérvulo Esmeraldo (1975 : São Paulo, SP)
início: 1975
Gabinete de Artes Gráficas (São Paulo, SP)
Individual
Art Performance (1979 : São Paulo, SP)
início: 1979 - término: 1979
Gabinete de Artes Gráficas (São Paulo, SP)
Coletiva
DINÂMICA DESSE MERCADO: DIVULGAÇÃO COM PAPEL DECISIVO.
GALERIA GLOBAL - 1974.
Galeria Arte Global (São Paulo, SP)
Atuação: Galeria de Arte
Histórico
A Galeria Arte Global é criada em 1973 e instalada na alameda Santos, 1893, em São Paulo. De propriedade da Rede Globo de Televisão, tem como finalidade promover a arte contemporânea brasileira, divulgando artistas consagrados e jovens talentos. Utilizando-se de seu alcance nacional, a Rede Globo, informa sobre as exposições em horário nobre - antes da novela das oito -, com isso busca despertar o interesse do público e da crítica.
A Galeria Arte Global é criada em 1973 e instalada na alameda Santos, 1893, em São Paulo. De propriedade da Rede Globo de Televisão, tem como finalidade promover a arte contemporânea brasileira, divulgando artistas consagrados e jovens talentos. Utilizando-se de seu alcance nacional, a Rede Globo, informa sobre as exposições em horário nobre - antes da novela das oito -, com isso busca despertar o interesse do público e da crítica.
Segundo seu diretor, Franco Terranova, o Salão Global de Inverno, em Belo Horizonte, é a fonte de inspiração para realizações semelhantes em Brasília e no Recife, culminando com a criação da Galeria Arte Global de caráter permanente em São Paulo.
Desde sua criação, Raquel Arnaud (1935) torna-se sua diretora executiva, trabalhando ali até 1980, quando abre o Gabinete de Arte Raquel Arnaud. Durante sua gestão, a marchande - que na época também administra com Mônica Filgueiras o Gabinete de Artes Gráficas -, organiza mais de 100 exposições. Os catálogos das mostras são desenhados por Fernando Lemos (1926) com comentários de importantes críticos de arte: Clarival do Prado Valadares (1918-1983), Walmir Ayala (1933-1991), Aracy Amaral (1930), Frederico Morais (1936), Walter Zanini (1925-2013), e outros. A cada exposição realizada a galeria promove uma edição ou múltiplo de trabalho do artista, tornando-o mais acessível a um público de menor poder aquisitivo.
Entre as exposições promovidas podem ser citadas: em 1974, as individuais de Anna Maria Maiolino (1942), Piza (1928) e Hércules Barsotti (1914-2010); em 1975, de Tuneu (1948), Mira Schendel (1919-1988), Fernando Lemos eSérgio de Camargo (1930-1990); em 1976, de Antonio Manuel (1947) e Anna Bella Geiger (1933); em 1977, de Lasar Segall (1891-1957) - retrospectiva itinerante; em 1978, de Lothar Charoux (1912-1987), Carlos Vergara (1941) eAntonio Dias (1944); e a coletiva Três Gerações de Artistas Nipo-Brasileiros, em 1978.
A Galeria Arte Global fecha suas portas em 1983, e suas obras são transferidas para o acervo da Fundação Roberto Marinho, criada em 1977.
ESTRATÉGIA DE APRESENTAÇÃO INTERCALADA DE ARTISTAS CONSAGRADOS COM NOVOS NOMES POR ELA LANÇADOS.FORMA PROFISSIONAL: CONVITE-CATÁLOGO, COQUETEL E DIVULGAÇÃO NA REDE GLOBO.
O marchand e poeta Franco Terranova ainda não sabia que estava doente quando posou nu, aos 90 anos, para as lentes do filho, o fotógrafo Marco Terranova.
Raquel Babenco (COLLECTIO): PERFIL COERENTE COM NOVOS TEMPOS DA MÍDIA TELEVISIVA
REGINA BONI
A artista plástica Regina Boni nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, e foi para o Rio de Janeiro ainda bebê. Muito jovem, se casou com José Bonifácio Sobrinho - o poderoso Boni da Rede Globo - com quem teve dois filhos. Aos 21 anos, já separada, mudou para São Paulo. Era uma jovem politizada e estava totalmente ligada aos movimentos efervescentes da época.
SISTEMÁTICA DA ATUAÇÃO: CONTRATOS DE EXCLUSIVIDADE ENTRE GALERIAS E ARTISTAS. 1974 GALERIA SÃO PAULO. REGINA BONI NO ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: "EU REPRESENTO OS ARTISTAS ...."
ALAN SHIELD
BABINSKY
EDO ROCHA
FAJARDO
MAO HAMAGUCHI
JOSÉ RESENDE
NELSON LEIRNER
WALTERCIO CALDAS
WESLEY DUKE LEE
RELAÇÃO DIRETA E EXCLUSIVA ENTRE MARCHAND E ARTISTA. IMPORTÂNCIA DA COMERCIALIZAÇÃO NO PROCESSO DE LEGITIMAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. VANGUARDAS: TENDÊNCIA ACENTUADA. PERMANENTE ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS À SUA FRUIÇÃO E AVALIAÇÃO.ORIENTAÇÃO DE UM ESPECIALISTA EXIGIDA E SOLICITADA.IDENTIFICAÇÃO DE DETERMINADO MARCHAND COM ARTISTA/GRUPO DE ARTISTAS: PERFIL ESPECÍFICO DE RECOMENDAÇÃO.
Renato José Pinto Ortiz nasceu no dia 20 de março de 1947 na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Concluiu o ano de 1972 com dois títulos: o da graduação em sociologia pela Université Paris VIII e o de mestre pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, concluindo seu doutorado em 1975 nesta mesma instituição. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Campinas.
FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS DE DIFUSÃO. PANORAMA GERAL DO CONSUMO DE BENS CULTURAIS. CRIAÇÃO DE GRANDE NÚMERO DE GALERIAS. AMPLIANDO-SE NUMERICAMENTE E DIVERSIFICANDO-SE. PORÉM MERCADO DE ARTE RESTRITO EM COMPARAÇÃO COM O CRESCIMENTO GERAL DO CONSUMO NO PAÍS. REPRODUÇÕES EM EDIÇÕES RESTRITAS, NUMERADAS E ASSINADAS: PERMANÊNCIA DA AURA DE DISTINÇÃO (MANUTENÇÃO DO SISTEMA).MERCADO SE AMPLIAVA E SE ESPECIALIZAVA. DIFERENTES PRODUÇÕES DESTINADAS A DIVERSOS TIPOS DE PÚBLICO (CONSUMIDORES). LEVANTAMENTO DE NOMES CITADOS NAS EDIÇÕES DOS ANUÁRIOS DAS ARTES: TENDÊNCIA À AMPLIAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO.
LEVANTAMENTO GALERIAS DE SÃO PAULO (1977). 46 ESTABELECIMENTOS:
- 2 FUNDADOS NOS ANOS 1950
- 10 FUNDADOS NOS ANOS 1960
- 34 FUNDADOS NOS ANOS 1970
LEILÕES DE ARTE EM SÃO PAULO:
- 3 EM 1967
- 80 EM 1979
- VALOR NEGOCIADO DE 1 MILHÃO DE CRUZEIROS PARA 40 MILHÕES
- 1973: VALOR DE 70 MILHÕES DE CRUZEIROS NEGOCIADOS
http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_13/rbcs13_06.htm
ACIMA LINK PARA: Mercado de Arte e Campo Artístico em São Paulo (1947-1980) de José Carlos Durand
1975 FOLHA DE SÃO PAULO:
1975 FOLHA DE SÃO PAULO:
- 17 EXPOSIÇÕES DE ARTE EM GALERIAS
- 4 EXPOSIÇÕES EM MUSEUS
TESE DOUTORADO MARIA AMÉLIA BULHÕES: LISTA COM NOMES DE GALERIAS E ANO DE SURGIMENTO ENTRE AS DÉCADAS DE 1960-1970.
MOMENTOS MAIS FECHADOS DO AUTORITARISMO. SISTEMA DA ARTE FORTALECIDO, FORTE APOIO ESTATAL. CRIAÇÃO DE SALÕES. SALÃO DE ARTE DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E SALÃO DE ARTE DA ELETROBRAS. CONCENTRAÇÃO DE RENDA, NOVAS POSSIBILIDADES DE CONSUMO DE BENS DE LUXO. INVESTIR EM ARTES PLÁSTICAS COMO FONTE DE LEGITIMAÇÃO E STATUS ECONÔMICO. PADRÃO DAS NOVAS ELITES. MODELO ECONÔMICO MONOPOLISTA INTERNACIONALIZANTE, PRESSÃO DE RÍGIDA CENSURA. MERCADO DE ARTES VISUAIS ALCANÇOU UM DESENVOLVIMENTO SIGNIFICATIVO. AMPLIAÇÃO DE PÚBLICO PROPOSTA NOS ANOS 1960. MERCADO CONSUMIDOR MAIS FORTE, EMBORA RESTRITO E ELITIZADO. PRIMEIRA METADE DA DÉCADA DE 1970: SISTEMA DA ARTE RETOMA SEU FECHAMENTO COM APOIO SEGURO E PERMANENTE DO ESTADO. SERVIA À CONSOLIDAÇÃO DA HEGEMONIA DAS CLASSES DOMINANTES QUE ASSUMIRAM O PODER POR MEIO DO ESTADO AUTORITÁRIO.
PROCESSO DE DIFUSÃO DENTRO DO SISTEMA DA ARTE FUGIU DAS MÃOS DO ARTISTA. CRESCENTE IMPORTÂNCIA DAS INSTÂNCIAS DE CIRCULAÇÃO: CONJUNTO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO E DAS INSTITUIÇÕES QUE PROMOVEM CIRCUNSTÂNCIAS CAPAZES DE FAZER CHEGAR AO CONSUMIDOR OS OBJETOS E EVENTOS ARTÍSTICOS. FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS PRESSUPÕE O AUMENTO DOS NÚMEROS DESTAS E SUA DIVERSIFICAÇÃO.
AS PUBLICAÇÕES TINHAM UMA ESTRUTURA MAIS COMPLEXA E PROFISSIONAL DO QUE AS DA DÉCADA DE 1960. MEIOS MAIS SOFISTICADOS: PAPEL DE MELHOR QUALIDADE, ILUSTRAÇÕES A CORES. MAIS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E ARTIGOS DE DIVULGAÇÃO. DESTINAVAM MAIS A FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DO PÚBLICO CONSUMIDOR DO QUE AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA. REVISTAS DA DÉCADA DE 1970 E 1960 TIVERAM VIDAS BREVES.
MALASARTES, 3 NÚMEROS:
MUSEU E GALERIA: DIFUSÃO DIRETA: FACE A FACE. COMPRADORES BUSCAVAM APOIO DIRETO DE MARCHANDS/OUTROS ESPECIALISTAS. CONSUMO ARTÍSTICO: MAIS STATUS SOCIAL DO QUE CAPITAL CULTURAL. PUBLICAÇÕES: DINÂMICA DE FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS DE DIFUSÃO - CARACTERÍSTICA DESSE PERÍODO. GRANDE NÚMERO E QUALIDADE DO MATERIAL UTILIZADO: FOTOS COLORIDAS, PAPEL BRILHOSO, LUXUOSAS ENCADERNAÇÕES. CONTRASTE COM DÉCADA ANTERIOR.
ENTRE 1969 E 1973: ESTADO DETEVE O CONTROLE DO QUE PODIA SER DITO OU FEITO, EM TERMOS GERAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA, NAS ARTES VISUAIS TAMBÉM. COM APOIO DO ESTADO AUTORITÁRIO O SISTEMA DA ARTE NO BRASIL CONSOLIDOU A FORMA ELITISTA E DESPOLITIZADA QUE SEGUIU POSTERIORMENTE. ESTRATÉGIAS UTILIZADAS: CENSURA E FINANCIAMENTO. O SISTEMA PROCUROU PASSAR UMA IMAGEM IRREAL DE DESCOMPROMISSO E AUTONOMIA.
ESTADO AUTORITÁRIO SE FORTALECEU: ATO INSTITUCIONAL Nº 5: SUSTOU-SE O PROCESSO MOBILIZADOR DE RESISTÊNCIA DENTRO DO PANORAMA ARTÍSTICO. OBRAS FORAM OBJETO DE CENSURA:
PROCESSO DE DIFUSÃO DENTRO DO SISTEMA DA ARTE FUGIU DAS MÃOS DO ARTISTA. CRESCENTE IMPORTÂNCIA DAS INSTÂNCIAS DE CIRCULAÇÃO: CONJUNTO DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO E DAS INSTITUIÇÕES QUE PROMOVEM CIRCUNSTÂNCIAS CAPAZES DE FAZER CHEGAR AO CONSUMIDOR OS OBJETOS E EVENTOS ARTÍSTICOS. FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS PRESSUPÕE O AUMENTO DOS NÚMEROS DESTAS E SUA DIVERSIFICAÇÃO.
AS PUBLICAÇÕES TINHAM UMA ESTRUTURA MAIS COMPLEXA E PROFISSIONAL DO QUE AS DA DÉCADA DE 1960. MEIOS MAIS SOFISTICADOS: PAPEL DE MELHOR QUALIDADE, ILUSTRAÇÕES A CORES. MAIS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E ARTIGOS DE DIVULGAÇÃO. DESTINAVAM MAIS A FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DO PÚBLICO CONSUMIDOR DO QUE AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA. REVISTAS DA DÉCADA DE 1970 E 1960 TIVERAM VIDAS BREVES.
MALASARTES, 3 NÚMEROS:
- VIDA DAS ARTES - 1975/1976
- ARTS HOJE - 1977-79
- VOGUE ARTE - 1977-79
APRESENTAÇÃO MAIS LUXUOSA QUE AS DOS ANOS 1960. NÃO CONSEGUIRAM PERMANECER POR LONGO TEMPO. DESINTERESSE CULTURAL DESSE PÚBLICO E SEU RESTRITO NÚMERO, INCAPAZ DE MANTER AS PUBLICAÇÕES. A CIRCULAÇÃO PASSAVA POR DIVERSOS MEIOS, NÃO SENDO AS REVISTAS O MAIS SIGNIFICATIVO.
MUSEU E GALERIA: DIFUSÃO DIRETA: FACE A FACE. COMPRADORES BUSCAVAM APOIO DIRETO DE MARCHANDS/OUTROS ESPECIALISTAS. CONSUMO ARTÍSTICO: MAIS STATUS SOCIAL DO QUE CAPITAL CULTURAL. PUBLICAÇÕES: DINÂMICA DE FORTALECIMENTO DAS INSTÂNCIAS DE DIFUSÃO - CARACTERÍSTICA DESSE PERÍODO. GRANDE NÚMERO E QUALIDADE DO MATERIAL UTILIZADO: FOTOS COLORIDAS, PAPEL BRILHOSO, LUXUOSAS ENCADERNAÇÕES. CONTRASTE COM DÉCADA ANTERIOR.
ENTRE 1969 E 1973: ESTADO DETEVE O CONTROLE DO QUE PODIA SER DITO OU FEITO, EM TERMOS GERAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA, NAS ARTES VISUAIS TAMBÉM. COM APOIO DO ESTADO AUTORITÁRIO O SISTEMA DA ARTE NO BRASIL CONSOLIDOU A FORMA ELITISTA E DESPOLITIZADA QUE SEGUIU POSTERIORMENTE. ESTRATÉGIAS UTILIZADAS: CENSURA E FINANCIAMENTO. O SISTEMA PROCUROU PASSAR UMA IMAGEM IRREAL DE DESCOMPROMISSO E AUTONOMIA.
ESTADO AUTORITÁRIO SE FORTALECEU: ATO INSTITUCIONAL Nº 5: SUSTOU-SE O PROCESSO MOBILIZADOR DE RESISTÊNCIA DENTRO DO PANORAMA ARTÍSTICO. OBRAS FORAM OBJETO DE CENSURA:
- GILBERTO SALVADOR - SALÃO DE CAMPINAS (1968): BOCA GIGANTESCA COM BANDEIRA NORTE-AMERICANA DESTRUÍDA PELOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA
- DESENHOS ERÓTICOS DE FARNESE DE ANDRADE - BIENAL NACIONAL DA BAHIA (1963): APREENDIDOS
- SÉRIE "LIGAS" DE WESLEY DUKE LEE
- OLNEY KRUSE - PAÇO DAS ARTES EM SÃO PAULO (1970): DESTRUÍDA POR SER CONSIDERADA SUBVERSIVA
- PEDRO ESCOSTEGUY - BIENAL DA BAHIA: VOLTARAM DESTRUÍDAS COM SINAIS DE MACHADO
obras de Gilberto Salvador (1967)
SÉRIE "LIGAS" DE WESLEY DUKE LEE
Oswaldo Olney Krüse (São Paulo SP 1939 - Atibaia SP 2006). Fotógrafo. Estuda jornalismo na Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo, graduando-se em 1972. Fotógrafo autodidata, começa a realizar colagens em 1965, inspirado pela obra do artista pop norte-americano Robert Rauschemberg. Trabalha, ao longo das últimas três décadas, para importantes órgãos da imprensa ora como fotógrafo, ora como jornalista, ora como crítico de arte, tais como os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, e Jornal da Tarde; e as revistas Vogue, IstoÉ, Quatro Rodas, eArte Hoje. Realiza, a partir de 1968, diversas exposições individuais, de colagens, retratos de personalidades dos campos da arte e da cultura, ou ensaios, como aqueles que consagrou ao hotel Copacabana Palace, do Rio de Janeiro, em 1984, e ao Jornal da Tarde, de São Paulo, em 1986. Sua atuação como crítico de arte contribui para a aceitação da produção não consagrada pelo circuito oficial, como aquela que reune na I Mostra do Kitsch da Arte Aplicada, em 1973, ganhadora do Prêmio Comunicação do Ano, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
VANGUARDAS NAS ARTES VISUAIS: TEMÁTICA PARTICIPANTE ORIGINADA NO MOMENTO DEMOCRATIZANTE E POLITIZADO DA REALIDADE NACIONAL. LIBERDADE CRIATIVA LEVADA AOS LIMITES. CONTRADIZIA AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELO REGIME POLÍTICO NAQUELE MOMENTO. ARTE COMO CONTRACULTURA: INTERVENÇÕES AS MAIS DIVERSAS POR PARTE DOS CENSORES. PROPUNHAM INTERFERÊNCIAS E MODIFICAÇÕES NA PRÓPRIA OBRA. PROPOSTAS DE TRANSFORMAÇÕES SIMBÓLICAS LIMITADAS AO ESPAÇO MANTIDO PELAS ARTES VISUAIS. CENSURA ATUAVA SEVERAMENTE EM DIVERSOS SETORES DA SOCIEDADE. AS VANGUARDAS DAS ARTES VISUAIS APRESENTAVAM UMA DINÂMICA ATUAÇÃO CONFIRMANDO A AFIRMAÇÃO INICIAL SOBRE O ELITISMO DO SISTEMA DA ARTE. COMPROMISSO COM A LEGITIMAÇÃO DA SUPERIORIDADE DAS ELITES. VANGUARDA ATUAVA NO SENTIDO DE DINAMIZAR O MEIO ARTÍSTICO, PREENCHENDO O VAZIO CULTURAL CRIADO PELO ESTADO AUTORITÁRIO.VANGUARDA, LINGUAGEM HERMÉTICA. PARA SUA APROPRIAÇÃO SE EXIGIA UMA SÉRIE DE INFORMAÇÕES E UMA FORMAÇÃO QUE NÃO ESTAVA NO ALCANCE DA MAIORIA DA POPULAÇÃO. ESPAÇO DE LIBERDADE DENTRO DOS LIMITES IMPOSTOS PELO ESTADO DE EXCEÇÃO. 1970 RETORNO DO ELITISMO DO SISTEMA DA ARTE. PROJETOS ENVOLVERAM DEMOCRATIZAÇÃO POR MEIO DA AMPLIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO NOS PROCESSOS CRIATIVOS.
A PARTIR DE 1975: SETORES EMPRESARIAIS TIVERAM UMA ESTABILIDADE DE MERCADO, ASSUMIRAM O CONTROLE DA COMERCIALIZAÇÃO E LEGITIMAÇÃO, RETIRANDO DAS MÃOS DO ESTADO O COMPROMISSO COM A MANUTENÇÃO DESSAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS. MAS ELE PERMANECEU COMO GRANDE CLIENTE E FINANCIADOR DESSA PRODUÇÃO. CONTROLE EM RELAÇÃO AOS LIMITES DA AÇÕES POLÍTICAS. REFORÇO DE REPRESSÃO E CENSURA. SISTEMA DA ARTE REFORÇOU A SEPARAÇÃO ENTRE ARTE E NÃO ARTE. ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO: DESARTICULAÇÃO DE INICIATIVAS DEMOCRATIZANTES, MOSTRAS EM LOCAIS POPULARES, IMPLEMENTAÇÃO E FAVORECIMENTO DE PROCESSOS DE EXPERIMENTAÇÃO INTELECTUALIZADOS E HERMÉTICOS. DIFÍCIL APROPRIAÇÃO PELO PÚBLICO. O SISTEMA NÃO APARECIA COMO REPRESSOR/LIMITADOR, MAS UM ESPAÇO DE LIBERDADE. ESPAÇO DE DESPOLITIZAÇÃO: NÃO POR CENSURA DIRETA, MAS PELA PRÓPRIA IDEOLOGIA DA ARTE PURA E AUTÔNOMA, PAIRANDO ACIMA DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO.
NO BRASIL O ESTADO AMPLIOU SUA AÇÃO JUNTO AO SISTEMA DA ARTE ATRAVÉS DE 3 TAREFAS:
- ESTANCOU AS PROPOSTAS DEMOCRATIZANTES/PARTICIPATIVAS - SEGUNDA METADE DOS ANOS 1960;
- PROCESSO DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA (FORMA INDIRETA) - FAVORECEU O FORTALECIMENTO DO MERCADO DAS ARTES
- INSTAUROU O LABORATÓRIO EXPERIMENTAL DE UMA ARTE FORMALISTA E CONCEITUAL QUE ESTE MERCADO ABSORVEU
O ESTADO INTERFERIU DECISIVAMENTE (DIRETA OU INDIRETAMENTE) NA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DA ARTE À LÓGICA DE MERCADO. MANUTENÇÃO DO ELITISMO - ÚTIL À LEGITIMAÇÃO DE UM REGIME POLÍTICO AUTORITÁRIO E ELITISTA.
ETAPA SEGUINTE: SISTEMA DA ARTE: ESTRUTURA COMPATÍVEL COM O AVANÇO DAS RELAÇÕES CAPITALISTAS MONOPOLISTAS DOMINANTES NO PAÍS. EMPRESAS PRIVADAS, SEGMENTOS ESPECIALIZADOS ASSUMIRAM O COMANDO ESTIMULANDO A PROGRESSIVA SETORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO. GALERIAS ESPECIALIZADAS EM:
- GRAVURAS
- OBJETOS
- ARTE CONCEITUAL
- PRODUÇÃO ACADÊMICA E CONSERVADORA.
SETOR COMERCIAL CONSOLIDADO (SEGUNDA METADE DÉCADA 1970) ABSORVEU E CONTROLOU A DIFUSÃO E A PRODUÇÃO FAVORECENDO A TROCA ENTRE CAPITAIS CULTURAL, ECONÔMICO E SOCIAL. AS GALERIAS CONSTITUÍRAM O VALOR SIMBÓLICO DAS OBRAS. LEGITIMIDADE DOS PRODUTOS E PROCESSOS ARTÍSTICOS ATRAVÉS DA RELAÇÃO DAS GALERIAS COM INSTITUIÇÕES E ATORES. PRESTÍGIO QUE GALERIAS E MARCHANDS OBTIVERAM COM SUAS ATUAÇÕES TORNAVAM-AS ROTULADORAS.
- EXPOR UM ARTISTA, APRESENTADO POR UM CRÍTICO (CONTRATADO POR ELA)
- DIVULGAR O EVENTO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
- REFERENDÁ-LO COM SUA TRADIÇÃO
CONSIDERAÇÃO GERAL FUNDAMENTAL PARA A COMPREENSÃO DA ARTE NESSE PERÍODO: O SISTEMA MANTEVE SEMPRE UM PAPEL ELITISTA NO CONJUNTO DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS NO PAÍS, SERVINDO À DISTINÇÃO DAQUELES GRUPOS RESTRITOS QUE A ELE PODIAM TER ACESSO. BOURDIEU AFIRMA: "O CÍRCULO SE FECHOU, E NÓS FICAMOS PRESOS DENTRO DELE" (1983 P. 172)
1970 POR UM LADO:
- CONSOLIDAÇÃO DO PODER DAS INSTÂNCIAS DE DIFUSÃO
- SEPARAÇÃO ENTRE O ARTISTA E O PÚBLICO
- REFORÇO DO ELITISMO PELO MERCADO
POR OUTRO LADO:
- COM CONSCIÊNCIA DESSA SITUAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PARTICIPANTES E TENTATIVAS PARA SUA SUPERAÇÃO
- DISPUTAS DENTRO DO SISTEMA
- TENTATIVAS DE MUDANÇAS
O SISTEMA DA ARTE ESTÁ RELACIONADO COM O MEIO SOCIAL EM QUE SE ENCONTRA INSERIDO DELE RECEBENDO INFLUÊNCIAS FUNDAMENTAIS. MANUTENÇÃO DO ELITISMO OU SUA DEMOCRATIZAÇÃO DEPENDEM DO PRÓPRIO CURSO SEGUIDO PELA HISTÓRIA BRASILEIRA.
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