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terça-feira, 4 de outubro de 2011

imagens fase 2: SEM INÍCIO E SEM FIM E SEM MEIO






Sem fim e sem início e sem meio é um estado sensível para a criação artística sem linearidade que acontece junto do processo de esponjamento. Fragmentos caóticos, partes de múltiplos, recortes do todo, pensamentos singulares e especialmente alinhavados uns aos outros, transformados e retrabalhados, novos e únicos, devires infinitos.
Uma coisa é pensar no ser vivo como algo regulável, previsível, pronto; outra, tratá-lo como uma máquina de conexões que vão se fazendo ao longo de sua trajetória. Produção maquínica da subjetividade – criação, invenção de novos universos de referência.
GUATARRI,Felix. Caosmose, 1992.

O trabalho solicita um novo corpo de criação, um novo corpo de existência. Os cadernos são inicialmente a fonte primária da pesquisa, mas também faísca para acender as chamas da percepção. Estimulada pela provocação de estados de sensibilização nos quais artista e obra coexistem em território único. O contato esponjoso na trajetória acadêmica é possível através do meio úmido e pegajoso que me conduz a criar por prazer e necessidade, ao mesmo tempo. Estamos, obra e eu, em tempo de coexistências e superposições: compondo novas consistências, sentidos múltiplos. A prática da arte aqui não forma uma sucessão linear de fatos ou sistemas é, sobretudo, a afirmação da potência de um meio. Os conceitos povoam essa imanência, promovendo consistências ao infinito sem nunca escapar dele. Assim, a colocação de um problema em circuito, é sempre uma afirmação e uma criação.