Ronaldo Brito é professor no curso de especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil e do programa de pós-graduação em História Social da Cultura na PUC do Rio de Janeiro. Deu início a seu trabalho como crítico de arte, num período caracterizado pelo “vazio cultural” que sucedeu ao golpe militar de 1964. No jornal Opinião, colaborou na seção cultural do primeiro ao último número (1977). No mesmo período, foi um dos editores da revista Malasartes e do jornal A parte do fogo. Foi o primeiro a escrever sobre o movimento neoconcreto, realizando uma leitura contundente e um dos mais importantes ensaios sobre o tema. O texto foi escrito em 1975 por encomenda de Marcos Marcondes e Luiz Buarque de Hollanda, só tendo sido publicado dez anos depois, em 1985 - Neoconcretismo: Vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro (Rio de Janeiro: MEC/Funarte, 1985. Coleção Temas e Debates, n. 4. Reeditado em 1999 pela Cosac Naify, na série Espaços da Arte Brasileira). Brito realizou análises profundas das obras de Iberê Camargo, Sergio Camargo, Eduardo Sued, entre outros. Como poeta, publicou O mar e a pele(1977), Asmas (1982) e Quarta do singular (1989).
Fonte: http://editora.cosacnaify.com.br/Autor/76/Ronaldo-Brito.aspx
DESTAQUES DO TEXTO:
"...Faço apenas a defesa de uma inteligência programática frente ao circuito de arte e ao mercado em particular. A partir do raciocínio que entende o circuito como um sistema com suas regras próprias - e que se pretende isolado, quase mítico - considero que só uma ação contínua tem alguma chance de transformá-lo. Não há dúvida porém de que esse tipo de ação exige entre outras coisas, que o artista, digamos, deixe de ser artista: livre-se do mito de 'ser criador' - posição que lhe assegura uma posição confortável, mas inútil - e pense em si mesmo como alguém que está amplamente comprometido com os sistemas e processos de significação em curso na sociedade."