visitação Renê Giannetti

Nesta última sexta-feira dia 23/07 tivemos (eu e o Júlio - monitores da exposição "Uma gentil invenção") o prazer de receber alunos e professores da Escola Estadual Américo Renê Giannetti para bater um bate-papo sobre arte contemporânea. Foi bastante divertido!

cedo

hoje eu acordei bem cedo

série esculturas/ relevos "o feminino na santíssima"

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Definir o que é escultura não é tarefa fácil. É mais interessante ampliar a discussão em cima do tema do que respondê-la em uma frase. É comum vir à mente logo de início imagens míticas eternizadas em mármore como a Vênus de Milo e a David de Michelangelo, o Monumento às Bandeiras em São Paulo, as obras de Aleijadinho nas Minas Gerais. E com um pouco mais de esforço acabamos chegando a algum monumento de nossa cidade ou bairro.

Por outro lado, esculturas não precisam ser tridimensionais necessariamente; há vários outros materiais além do mármore, cobre, granito, bronze e pedra; não precisam ter formato definido como de um animal ou pessoa; nem ser relacionadas a algum período da história da arte como barroco ou neoclássico; e podem sim ser efêmeras, como de areia, ou de gelo e populares como as de barro de Caruaru. As esculturas estão presentes em todas as paisagens urbanas da história cumprindo um papel fundamental no sentido de explicitar a cultura e tecnologia de sua sociedade, bem como sua organização social e formas de Poder.

Esta série de esculturas em gesso fazem parte do trabalho final "relevos provocantes", apresentado no ateliê de escultura com a orientação do professor Fauster. Existem outras elaboradas no processo inicial de criação intituladas de "preliminares".

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[1] Segundo Cristina Freire, no seu livro Além dos mapas, a origem da palavra “monumento” significa fazer lembrar (monere); para a autora, os monumentos visam a permanência da memória. Assim, ser grande não garante a monumentalidade de uma obra, tornar-se monumento significa pertencer a uma memória coletiva, ser reconhecido por uma audiência espontânea, que lhe garante importância e admiração.
Por isso, para de fato conhecer monumentos é necessário viver na cidade e partilhar seu imaginário.

montagem e monitoria

Como bem define Márcio Botner – artista e curador da exposição que aporta em Uberlândia na próxima semana – “Uma Gentil Invenção não é um escritório, é um conceito”. A exposição faz parte do projeto ArteSESC que, desde 1981, realiza mostras itinerantes de artes visuais em todo o País, contrapondo-se à definição tradicional de galeria de arte. Uma Gentil Invenção reúne trabalhos de 19 integrantes da Galeria A Gentil Carioca, localizada no centro histórico do Rio de Janeiro, e que foram adquiridos pelo Serviço Social do Comércio – Departamento Nacional. O acervo, que está itinerando há três anos, representa um novo momento do projeto ArteSESC, cujo compromisso é apresentar, discutir e dialogar com os diversos contextos da produção artística brasileira, sensibilizando artistas, difundindo suas obras, concepções e processos de produção.
São objetos, vídeos, esculturas, serigrafias, costumes, desenhos e fotografias somados a estímulos sensoriais, vivências, histórias coletivas e particulares: um grande laboratório de percepções com peças de Alexandre Vogler, Carlos Contente, Ducha, Ernesto Neto, Fabiano Gonper, Guga Ferraz, Jarbas Lopes, João Modé, Laura Lima, Márcio Botner e Pedro Agilson, Maria Nepomuceno, Marinho Marssares, Paulo Nenflídio, Pedro Varela, Renata Lucas, Ricardo Basbaum, Simone Michelin e Thiago Rocha Pita. A curadoria é de Márcio Botner e Luiz Guilherme Vergara.

Lançamento

Às 19h30 do dia 14 de julho, acontecerá, na Oficina Cultural de Uberlândia, o lançamento da exposição com palestra da artista plástica, Laura Lima, para quem Uma Gentil Invenção é um recorte na produção dos artistas representados pela galeria A Gentil Carioca, criada por ela, Márcio Botner e Ernesto Neto, em 2003, no Rio de Janeiro.
“A exposição ficará itinerando por cerca de 20 anos por cidades brasileiras e a Educação é uma das questões mais abordadas pela A Gentil Carioca – a itinerância, a linguagem produzida por estes artistas, a possibilidade de outros brasileiros somarem a seu cotidiano outras linguagens”, explica Laura.
Mineira radicada no Rio de Janeiro, Laura Lima é formada em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. Participou de exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 24ª e 27ª Bienal de São Paulo; 2ª e 3ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre – RS; Instâncias To Age, Chapter Art Centre, Cardiff, País de Gales; A Little Bit of History Repeated, Kunst Werke, Berlim, Alemanha; Troca Brasil PNCA, Portland Oregon, EUA; entre outras.
Curadora Adjunta da 7ª Bienal do Mercosul Grito e Escuta do Pavilhão Absurdo, foi a primeira artista brasileira a ter adquiridas obras na categoria Performance por um Museu Brasileiro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo. É ganhadora do Prêmio Marcantônio Vilaça de 2006 e indicada ao prêmio PiPa de 2010. Este ano participa do Panorama de Arte Brasileira de 2010 no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 29ª Bienal de São Paulo e faz exposição individual no La Centrale na cidade de Montreal, Canadá.

Encerramento

Além de Laura, outro grande artista brasileiro, Ricardo Bausbaum, vem à Uberlândia para propor reflexões sobre oportunidades de arte, desta vez, às 19h30 do dia 18 de agosto, último dia de permanência da mostra na cidade.
Durante todo o período de exposição, a mostra estará aberta à população, estudantes e comunidade em geral.
Uma Gentil Invenção, em Uberlândia, é uma parceria entre o SESC Nacional, o SESC Minas Gerais, TV Integração e Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço

O quê: Uma Gentil Invenção – Exposição de arte contemporânea
Onde: Galeria Lourdes Saraiva de Queiroz – Oficina Cultural
Abertura: 14 de julho, a partir das 19h30
Exposição: 15 de julho a 18 de agosto (segunda a sexta-feira, das 10h às 18h)
Palestra com Laura Lima: dia 14 de julho às 19h30, na Sala Roberto Resende (Oficina Cultural)
Palestra de Ricardo Basbaum, dia 18 de agosto às 19h30, na Sala Roberto Resende (Oficina Cultural)

FONTE: PÁGINA CULTURAL