"A POLÍTICA DA ARTE é marcada por uma estranha ESQUIZOFRENIA. Os artistas e os críticos convidam-nos a situar o pensamento ou a prática da arte num contexto sempre novo...Mas continuam maciçamente a VALIDAR MODELOS DE EFICÁCIA DA ARTE que foram porventura ABALADOS UM OU DOIS SÉCULOS ANTES DESTAS NOVIDADES." P. 79.
EUROPA, século XVIII: MODELO MIMÉTICO DOMINANTE (PEDAGÓGICO) CONTESTADO DE 2 MANEIRAS desde os anos 60 do século 18.
"Deste modo, o palco teatral clássico era encarado como um espelho ampliador no qual os espectadores eram levados a ver, sob as formas da ficção, os comportamentos dos homens, as suas virtudes e os seus vícios...O teatro propunha MODELOS DE PENSAMENTO E DE AÇÃO que deviam ser IMITADOS ou EVITADOS." "O Tartufo de Moliére ensinava a reconhecer e a desprezar os hipócritas...o Nathan, o Sábio de Lessing ensinavam a fugir do fanatismo e a amar a tolerância."P.80
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tartufo
Tartufo (em francês Le Tartuffe) é uma comédia de Molière, e uma das mais famosas da língua francesa em todos os tempos. Sua primeira encenação data de 1664 e foi quase que imediatamente censurada pelos devotos religiosos que, no texto, foram retratados na personagem-título como hipócritas e dissimulados.
Os devotos sentiram-se ofendidos, e a peça quase foi proibida por esta razão, pelos tribunais do rei Luís XIV de França, onde tinham grande influência.
Na língua portuguesa, o termo tartufo, como em outro idiomas, passou a ter a acepção de pessoa hipócrita ou falso religioso, originando ainda uma série de derivados como tartufice, tartúfico ou ainda o verbo tartuficar - significando enganar, ludibriar com atos de tartufice.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gotthold_Ephraim_Lessing
Em Nathan, der Weise (1779) - peça cuja encenação foi proibida pela Igreja na época em que foi escrita, e posteriormente também pelo nazismo - se faz manifesto o tema da tolerância religiosa, amizade, tolerância,relativismo divino, rejeição dos milagres e a necessidade comunicação. A peça descreve o modo como o comerciante judeu Nathan, o sultão Saladin e o cavaleiro templário superam as diferenças entre o Judaísmo, Islamismo e Cristianismo.
Gotthold Ephraim Lessing (Kamenz, Saxônia 22 de janeiro de 1729 —Braunschweig 15 de fevereiro de 1781) foi um poeta, dramaturgo, filósofo e crítico de arte alemão, considerado um dos maiores representantes do Iluminismo, conhecido também por sua crítica ao anti-semitismo e defesa do livre pensamento e tolerância religiosa. Suas peças e seus escritos teóricos exerceram uma influência decisiva no desenvolvimento da Literatura Alemã moderna, da qual é considerado fundador.
"Esta vocação edificante está DISTANTE DA NOSSA MANEIRA DE PENSAR E DE SENTIR. E contudo a lógica causal que lhe dá fundamento ESTÁ MUITO PRÓXIMA DE NÓS. De acordo com tal lógica, o que vemos - NUM PALCO, NUMA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA, NUMA INSTALAÇÃO - são SIGNOS SENSÍVEIS de um certo estado, dispostos de uma certa maneira pela VONTADE DE UM AUTOR. Reconhecer estes signos significa COMPROMETERMO-NOS NUMA LEITURA DO NOSSO MUNDO. E esta leitura GERA UM SENTIMENTO DE PROXIMIDADE OU DE DISTÂNCIA que nos leva a intervir na situação assim significada de acordo com a maneira que é desejada pelo autor." "...o modelo PEDAGÓGICO DA EFICÁCIA DA ARTE." P. 80
Ataque frontal:
Fonte: http://www.unicamp.br/~jmarques/gip/AnaisColoquio2005/cd-pag-texto-20.htm
Na Carta, Rousseau estuda os efeitos do espetáculo do ponto de vista do espectador, considerando as particularidades próprias do povo para o qual o espetáculo será representado. Assim, as diferenças do povo genebrino garantem que o teatro clássico francês será, na melhor das hipóteses, inútil, quando não nocivo, se instalado em sua cidade:
Os espetáculos são feitos para o povo, e só por seus efeitos sobre ele podemos determinar suas qualidades absolutas. Pode haver espetáculos de uma infinidade de espécies; de um povo a outro, há uma prodigiosa diversidade de costumes, de temperamentos e de caracteres. O homem é uno, admito; mas modificado pelas religiões, pelos governos, pelas leis, pelos costumes, pelos preconceitos e pelos climas torna-se tão diferente de si mesmo que agora já não devemos procurar o que é bom para os homens em geral, e sim o que é bom para eles em tal tempo e em tal lugar.(Rousseau, Carta a D’Alembert, p. 40).
Ao atentar para as diversidades que fazem cada povo ser único em suas manifestações e necessidades, Rousseau estabelece a crítica ao etnocentrismo, como mostra Cláudio Boeira Garcia:
(...) nesse nível, os pressupostos a partir dos quais a crítica se desdobra podem ser assim enunciados: é possível, de fato, pensar a condição genérica do homem, e por isso uma condição particular de um povo não pode se pretender medida, tampouco se colocar no lugar da medida para todos; as formas culturais são expressões de experiências de sociabilidade ímpares, as quais resultam das combinações especiais entre os vários fatores que as tornam possíveis. Donde iniciativas que visem transplantar a cena de Paris para Genebra implicarem – se bem sucedidas – a dissolução da peculiaridade de Genebra. (Cláudio Boeira Garcia, As Cidades e suas Cenas, a Crítica de Rousseau ao Teatro, p. 36) (3).
Pretensa lição de moral:
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_misanthrope
Le misanthrope é uma comédia de costumes da autoria do dramaturgofrancês Molière, criada em 1666. É uma paródia de um personagem de princípios rígidos que não considera ninguém digno de comparar-se com ele e sua verdadeira natureza.
"A cólera contra os fotógrafos que fazem da DESGRAÇA das populações uma ocasião para uma manifestação estética?" P.81-2
"O problema diz respeito à própria FÓRMULA, ao pressuposto de uma continuidade sensível entre a PRODUÇÃO e a PERCEPÇÃO dos espectadores." ..."há mais de dois séculos o teatro foi o campo que primeiro assistiu à crise de um modelo no qual ainda hoje muitos artistas plásticos acreditam ou fazem de conta que acreditam: O TEATRO É O LUGAR ONDE SE EXIBEM OS PRESSUPOSTOS QUE GUIAM UMA IDÉIA DE EFICÁCIA DA ARTE." ..."Como poderia o teatro DESMASCARAR OS HIPÓCRITAS, se a lei que o rege é precisamente a que GOVERNA os hipócritas: a ENCENAÇÃO, por parte de corpos vivos, dos signos de pensamento e de sentimentos que NÃO SÃO OS SEUS?" P.82
OS SALTEADORES de SCHILLER
Sinopse:
Maximilian, Conde de Moor, tem dois filhos, Karl e Franz. O mais velho, Karl, estuda na Universidade de Leipzig. D e lá chegam ao pai e ao irmão notícias inquietantes dobre o seu comportamento leviano. Frank piora ainda mais estas notícias falsificando cartas, que deverão desacreditar Karl e a sua amada Amalia aos olhos do pai. O plano parece funcionar. Karl recebe de Frank, supostamente em nome do pai, uma carta onde este o repudia e deserda. Desesperado, Karl decide levar um plano avante: criar um bando de salteadores e tornar-se o seu chefe. Assim, vai protagonizando muitos atos de violência, e para salvar um camarada chega ao ponto de queimar uma cidade inteira e deixá-la reduzida a cinzas. O Estado manda uma legião para o capturar, mas em vão. Karl deixa-se tomar pelas saudades da sua cidade natal e da sua querida Amalia. Quando finalmente pensa ter encontrado com ela a sua felicidade, os amigos lembra-lhe do seu juramento: nunca os abandonar e tudo com eles partilhar. Só com a morte de Amalia é que se poderá libertar das promessas feitas. Por fim, Karl deixa finalmente o seu bando para se entregar às mãos da justiça.
Fonte: http://www.berlinda.org/Cartaz/Cartaz/Eintrage/2012/9/8_8.9.2012__Os_Salteadores___Teatro___Maxim_Gorki_Theater.html
Os Bandoleiros (no original em alemão, Die Räuber) é um drama em cinco atos, emprosa, lançado em 1781 e escrito por Friedrich von Schiller. É considerada uma das obras-primas do Sturm und Drang.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Bandoleiros
"A fábula de OS SALTEADORES levava ao ponto de ruptura a figura ética da EFICÁCIA TEATRAL.Dissociava os três elementos cujo ajustamento era tido por fator capaz de inscrever essa eficácia dentro da ORDEM DA NATUREZA: ("OS LAÇOS DA NATUREZA DESFIZERAM-SE, declara FRANZ.)1-a REGRA ARISTOTÉLICA da construção das ações; 2-a MORAL DOS EXEMPLOS à maneira de Plutarco e as FÓRMULAS MODERNAS de expressão dos pensamentos e sentimentos PELOS CORPOS." P.83
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
Aristóteles (Estagira, 384 a.C. — Atenas, 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor deAlexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como afísica, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates(professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com treze anos de idade, que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas onde funda o Liceu.
ÉTICA SEGUNDO ARISTÓTELES:
Alguns veem Aristóteles como o fundador da Ética, o que se justifica desde que consideremos a Ética como uma disciplina específica e distinta no corpo das ciências.Em suas aulas, Aristóteles fez uma análise do agir humano que marcou decisivamente o modo de pensar ocidental. O filósofo ensinava que todo o conhecimento e todo o trabalho visam a algum bem. O bem é a finalidade de toda a ação. A busca do bem é o que difere a ação humana da de todos os outros animais.
Para Aristóteles, estudamos a ética, a fim de melhorar nossas vidas e, portanto, sua preocupação principal é a natureza do bem-estar humano. Aristóteles segue Sócrates e Platão ao dispor as virtudes no centro de uma vida bem vivida. Como Platão, ele considera as virtudes éticas (justiça, coragem, temperança etc.), como habilidades complexas racionais, emocionais e sociais, mas rejeita a ideia de Platão de que a formação em ciências e metafísica é um pré-requisito necessário para um entendimento completo de bem. Segundo ele, o que precisamos, a fim de viver bem, é uma apreciação adequada da maneira em que os bens tais como a amizade, o prazer, a virtude, a honra e a riqueza se encaixam como um todo. Para aplicar esse entendimento geral para casos particulares, devemos adquirir, através de educação adequada e hábitos, a capacidade de ver, em cada ocasião, qual curso de ação é mais bem fundamentada. Portanto, a sabedoria prática, como ele a concebe, não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, também deve ser adquirida através da prática. E essas habilidades deliberativas, emocionais e sociais é que nos permitem colocar nossa compreensão geral de bem-estar em prática em formas que são adequados para cada ocasião. Aristóteles propõe que a vida contemplativa (intelectual) traria uma felicidade maior e mais constante ao ser humano, quando comparada à vida política (procura da honra) e da vida baseada em prazeres sensoriais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plutarco
Plutarco ou Lucius Mestrius Plutarchus, nome que adotou ao se tornar cidadão romano (46 – 120 d. C.), foi um historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, conhecido principalmente por suas obras Vidas Paralelas e Moralia.
FILOSOFIA DE PLUTARCO:
Plutarco era um platônico, mas era aberto a influência dos peripatéticos e em alguns detalhes até mesmo tendendo aoestoicismo, apesar de sua polêmica contra os seus princípios. Ele rejeitou em absoluto somente o epicurismo. Interessado em questões morais e religiosas, atribuiu pouca importância às questões teóricas e duvidou da possibilidade de algum dia estas questões serem resolvidas.
Em oposição ao materialismo estóico e ao "ateísmo" epicurista, alimentou a idéia de Deus que estava mais de acordo com Platão e adotou um segundo princípio (díade), a fim de explicar o mundo fenomenal. No entanto ele buscou esse princípio não em uma matéria indeterminada, mas na maligna alma do mundo que desde o início está ligada à matéria, mas no momento da criação era cheia de razão e fora arranjada por ela, assim, a alma do mundo foi transformada em alma divina do mundo, mas continuou a funcionar como a fonte de todo o mal.
"...o problema diz respeito AO DISPOSITIVO REPRESENTATIVO...a EFICÁCIA DA ARTE NÃO CONSISTE EM TRANSMITIR MENSAGENS, fornecer MODELOS ou DECIFRAR as representações. Consiste em DISPOSIÇÕES DOS CORPOS, no RECORTE de espaços e de tempos singulares que DEFINEM MANEIRAS DE ESTAR EM CONJUNTO ou em separado, frente a ou no meio de, dentro ou fora, na proximidade ou à distância. Era isso que a polêmica de Rousseau punha em evidência."P.83
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
Jean-Jacques Rousseau (também conhecido como J.J. Rousseau ou simplesmente Rousseau) (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos doiluminismo e um precursor do romantismo.
Para ele, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a Natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar.
"a arte SEM representação, a arte que NÃO SEPARA O PALCO ONDE DECORRE A performance artística e o PALCO DA VIDA COLETIVA." ..."MODELO ARQUI-ÉTICO: no sentido em que os pensamentos já NÃO SÃO OBJETOS DE LIÇÕES transportadas por corpos ou imagens representadas, mas SÃO DIRETAMENTE ENCARNADOS EM COSTUMES, em modos de ser da comunidade." P.84
"Mas o que continua próximo de nós é o MODELO DA ARTE que DEVE SUPRIMIR-SE A SI MESMA...da performance artística que faz a ARTE SAIR DO MUSEU PARA TRANSFORMAR ESSE FATO NUM GESTO VISÍVEL NA RUA, ou que, dentro do museu, anula a separação ENTRE A ARTE E A VIDA.O que assim se opõe à incerta pedagogia da MEDIAÇÃO REPRESENTATIVA é uma outra pedagogia: a DA IMEDIATICIDADE ÉTICA.(POLARIDADE)". P.84-5
3ª FORMA DE EFICÁCIA DA ARTE: EFICÁCIA ESTÉTICA, específica do regime estético da arte.
"Mas trata-se de uma eficácia paradoxal: é a eficácia da própria separação, da descontinuidade entre as formas sensíveis da produção artística e as formas sensíveis através das quais essa mesma produção é apropriada por ESPECTADORES, LEITORES ou OUVINTES. A EFICÁCIA ESTÉTICA É A EFICÁCIA DE UMA DISTÂNCIA E DE UMA NEUTRALIZAÇÃO."P.85
"...o princípio daquela distância e da sua eficácia: a suspensão de toda e qualquer RELAÇÃO DETERMINÁVEL ENTRE A INTENÇÃO DE UM ARTISTA, uma forma sensível apresentada num lugar dedicado á arte, O OLHAR DE UM ESPECTADOR E UM ESTADO DA COMUNIDADE." P.86
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Torso_Belvedere
O Torso Belvedere é uma famosa estátua fragmentária preservada nos Museus Vaticanos, e criada pelo escultor ateniense Apolônio, ativo durante o período helenístico. Foi datada de meados do século I a.C.
"...a estátua está DESPROVIDA de tudo aquilo que no MODELO REPRESENTACIONAL permitia definir em simultâneo a beleza expressiva de uma figura e o seu caráter exemplar: não tem BOCA para transmitir uma mensagem, não tem ROSTO para exprimir um sentimento, não tem MEMBROS para dirigir ou executar uma AÇÃO. Ora, Winckelmann, apesar de tudo isso, decidiu fazer dela a ESTÁTUA DO HERÓI MAIS ATIVO ENTRE TODOS, Hércules, o herói dos Doze Trabalhos." ..."E foi esta personagem ociosa que o autor TRANSFORMOU EM REPRESENTANTE EXEMPLAR DA BELEZA GREGA." " A estátua exprime a VIDA DE UM POVO, mas este povo está agora SUBTRAÍDO, presente apenas nessa figura OCIOSA que não exprime NENHUM SENTIMENTO E NÃO PROPÕE NENHUMA AÇÃO PARA SER IMITADA." P.86
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Joachim_Winckelmann
Johann Joachim Winckelmann (Stendal, 9 de Dezembro de 1717 — morreu perto de Trieste, 8 de Junho de 1768) foi um historiador de arte e arqueólogo alemão. Era um Helenista e foi o primeiro a estabelecer distinções entre arte Grega, Greco-Romana e Romana, o que seria decisivo para o surgimento e ascensão do neoclassicismo durante o século XVIII. Winckelmann foi também um dos fundadores da arqueologia científica moderna e foi o primeiro a aplicar de forma sistemática categorias de estilo à história da arte. É geralmente considerado o pai da história da arte.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doze_trabalhos_de_H%C3%A9rcules
Os doze trabalhos de Hércules são uma série de episódios arcaicos ligados entre si por uma narrativa contínua, relativa a uma penitência que teria sido cumprida por um dos maiores heróis gregos, Héracles, mais conhecido em português pela romanização Hércules. Os antigos gregos atribuíam o estabelecimento de um ciclo fixo de doze trabalhos a um poema épico, a Heracleia, já perdido, escrito por Peisândro de Rodes, e que dataria de 600 a.C.
Héracles, empunhando seutacape, arrasta Cérbero para fora doHades. À direita, Perséfone, e à esquerda, Hermes e Atena.
A ruptura que essa análise opera relativamente ao paradigma representacional assenta em 2 pontos essenciais:
1º = ESTÁTUA DESPROVIDA DE TUDO AQUILO DO MODELO REPRESENTACIONAL.
2º = A ESTÁTUA É SUBTRAÍDA A QUALQUER CONTINUIDADE QUE PUDESSE ASSEGURAR UMA RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO (INTENÇÃO DO ARTISTA X RELAÇÃO POR PARTE DO PÚBLICO/ CONFIGURAÇÃO DA VIDA COLETIVA)
"A descrição de Winckelmann esboçava assim o modelo de uma EFICÁCIA PARADOXAL...passando por uma subtração - por uma indiferença ou uma passividade radical - pela distância entre duas estruturas DA VIDA COLETIVA. É este o PARADOXO que Schiller havia de desenvolver nas suas Cartas sobre a Educação Estética do Homem, ao definir a EFICÁCIA ESTÉTICA COMO EFICÁCIA DE UMA SUSPENSÃO." P.87
FRIEDRICH VON SCHILLER E A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DO HOMEM
A Educação Estética do Homem é, inicialmente uma composição reflexiva
como proposta de se ver o homem como organismo vivo em constante
transformação no seu compromisso com a prática política. O caráter político
fortemente impresso nas nove primeiras cartas vai lentamente cedendo passo
para a pesquisa de âmbito metafísico, até tornar-se um estudo antropogênico
sobre a liberdade do sujeito. Para o endendimento de Schiller o homem deve ser
lido como uma obra de arte porque é nesta que está manifesta a totalidade de
todo o saber livre, fazendo vibrar no contingente logicamente produzido, a
universalidade da transcendência.
Fonte: http://www2.uefs.br/filosofia-bv/pdfs/silva_02.pdf
"O INSTINTO DE JOGO próprio da experiência neutraliza a oposição que tradicionalmente caracterizava a arte e o seu enraizamento social: a arte definia-se pela imposição ativa de uma forma à matéria passiva, e este efeito punha-a em concordância com uma HIERARQUIA SOCIAL em que OS HOMENS DA INTELIGÊNCIA ATIVA dominavam OS HOMENS DA PASSIVIDADE MATERIAL.Para simbolizar a suspensão desta concordância tradicional entre a estrutura do exercício artístico e a estrutura de um mundo hierárquico, Schiller descrevia já não um corpo sem cabeça, MAS UMA CABEÇA SEM CORPO, a da Juno Ludovisi, caracterizada também ela por uma radical INDIFERENÇA, uma radical AUSÊNCIA DE PREOCUPAÇÃO, de vontade e de fins, que NEUTRALIZAVA A PRÓPRIA OPOSIÇÃO ENTRE ATIVIDADE E PASSIVIDADE." P.87
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Juno_Ludovisi
The Juno Ludovisi (also called Hera Ludovisi) is a colossal Roman marble head of the 1st century CE from an acrolithic statue of an idealized and youthful Antonia Minor as the goddess Juno. Added to the Ludovisi collection formed by Cardinal Ludovico Ludovisi, it is now in the Palazzo Altemps, Museo Nazionale Romano, Rome.
Casts of it are to be seen at the University of Cambridge Classics Dept Casts Gallery., Bryn Mawr and the Goethehaus in Weimar, Germany.
"Este paradoxo definia a configuração e a política do REGIME ESTÉTICO DA ARTE por oposição ao regime da mediação representacional e ao da imediaticidade ética. A EFICÁCIA ESTÉTICA significa a EFICÁCIA DA SUSPENSÃO de toda e qualquer RELAÇÃO DIRETA ENTRE A PRODUÇÃO DAS FORMAS DA ARTE E A PRODUÇÃO DE UM EFEITO DETERMINADO SOBRE UM PÚBLICO DETERMINADO. A estátua de que nos falam Winckelmann ou Schiller havia sido a figura de um deus, elemento de um culto RELIGIOSO E CÍVICO, MAS DEIXOU DE O SER. Já não ilustra uma fé e já NÃO SIGNIFICA QUALQUER ESPÉCIE DE GRANDEZA SOCIAL. Já não produz nenhuma correção dos costumes nem qualquer mobilização dos corpos. Já não se dirige a um público específico, mas sim ao PÚBLICO ANÔNIMO INDETERMINADO DOS VISITANTES DE MUSEUS..." P.88
"...dupla relação de separação e de não-separação ENTRE A ARTE E A VIDA....o museu entendido como FORMA DE RECORTAR O ESPAÇO COMUM E MODO ESPECÍFICO DE VISIBILIDADE. E é por isso que o MUSEU PODE NOS NOSSOS DIAS PRESTAR-SE A ACOLHER MODOS DE CIRCULAÇÃO DA INFORMAÇÃO E FORMAS DE DISCUSSÃO POLÍTICA QUE TENTAM OPOR-SE AOS MODOS DOMINANTES DA INFORMAÇÃO E DA DISCUSSÃO SOBRE OS NEGÓCIOS COMUNS...a ruptura estética instalou uma singular forma de eficácia: A EFICÁCIA DE UMA DESCONEXÃO, de uma ruptura da relação entre as produções das diversas modalidades artísticas de saber-fazer e fins sociais definidos...trata-se da eficácia de um DISSENTIMENTO = é o conflito de vários REGIMES DA SENSORIALIDADE. É POR ESTA VIA QUE A ARTE, DENTRO DO REGIME DA SEPARAÇÃO ESTÉTICA, TOCA A POLÍTICA. PORQUE O DISSENTIMENTO ESTÁ NO ÂMAGO DA POLÍTICA. A política, na verdade, não é antes de mais o exercício do poder ou a luta pelo poder. O quadro da política não é em primeiro lugar definido pelas leis e pelas instituições."P. 89
Quais as formas de relação que definem propriamente uma comunidade política? Quais os objetos a que estas relações dizem respeito? Quais os sujeitos que estão aptos a designar tais objetos e a discuti-los?
"A política é a atividade que RECONFIGURA OS ENQUADRAMENTOS SENSÍVEIS no seio dos quais se definem objetos comuns.A política ROMPE A EVIDÊNCIA SENSÍVEL DA ORDEM NATURAL que destina os indivíduos às tarefas de comando ou à obediência, à vida pública ou à vida privada...A POLÍTICA é a prática que ROMPE esta ORDEM DA POLÍCIA QUE ANTECIPA AS RELAÇÕES DE PODER no próprio seio da evidência dos dados sensíveis."P.90
DISTRIBUIÇÃO DO COMUM E DO PRIVADO = DISTRIBUIÇÃO DO VISÍVEL E DO INVISÍVEL, DA PALAVRA E DO RUIDO >>>>POLÍCIA
INVENÇÃO de uma INSTÂNCIA DE ENUNCIAÇÃO COLETIVA que REDESENHA o espaço das coisas comuns.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
Platão (em grego antigo: "amplo", Atenas, – Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles.
"Como Platão nos ensina ao contrário, a política começa quando há ruptura na distribuição dos espaços e das competências - e incompetências." P.90
"Se a experiência estética se cruza com a política, é PORQUE ELA SE DEFINE COMO EXPERIÊNCIA DE DISSENTIMENTO oposta à adaptação mimética ou ética das produções artísticas com fins sociais. Aí AS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS PERDEM A SUA FUNCIONALIDADE... são propostas dentro de um espaço-tempo NEUTRALIZADO, oferecidas igualmente a um olhar que se encontra separado de qualquer prolongamento sensório-motor definido...É a dissociação de um certo corpo de experiência."P.91
RELAÇÃO PARADOXAL: MATERIALIDADE SENSÍVEL DA OBRA E SEU EFEITO.
Rilke em 1900, aos 24 anos de idade
Rainer Maria Rilke, por vezes também Rainer Maria von Rilke (Praga, Império Austro-Húngaro, atual República Tcheca, 4 de dezembro de 1875 — Valmont, Suíça, 29 de dezembro de 1926) foi um poeta de língua alemã do século XX. Escreveu também poemas em francês.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rainer_Maria_Rilke
O torso arcaico de Apolo
Não conhecemos sua cabeça inaudita
Onde as pupilas amadureciam. Mas
Seu torso brilha ainda como um candelabro
No qual o seu olhar, sobre si mesmo voltado
Detém-se e brilha. Do contrário não poderia
Seu mamilo cegar-te e nem à leve curva
Dos rins poderia chegar um sorriso
Até aquele centro, donde o sexo pendia.
De outro modo erger-se-ia esta pedra breve e mutilada
Sob a queda translúcida dos ombros.
E não tremeria assim, como pele selvagem.
E nem explodiria para além de todas as fronteiras
Tal como uma estrela. Pois nela não há lugar
Que não te mire: precisas mudar de vida.
Fonte: http://pensador.uol.com.br/frase/NTQzMzgx/
"...a estátua mutilada define uma superfície que OLHA O ESPECTADOR POR TODOS OS LADOS...porque a estátua DEFINE UMA EFICÁCIA DE UM GÊNERO NOVO." P.91
jornal operário revolucionário: LE TOCSIN DES TRAVAILLEURS
A revolução irrompeu primeiramente na França, onde adeptos do sufrágio universal e uma minoria socialista, sob a liderança de Louis Blanc, conseguiram derrubar a monarquia de julho e criaram a Segunda República.
Dá-se o nome de Revoluções de 1848 à série de revoluções na Europa Central e Oriental que eclodiram em função de regimes governamentais autocráticos, de crises econômicas, do aumento da condição financeira e da falta de representação política das classes médias e do nacionalismo despertado nas minorias da Europa central e oriental, que abalaram as monarquias da Europa, onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%B5es_de_1848#Revolu.C3.A7.C3.A3o_de_1848_na_Fran.C3.A7a
"Este olhar que se separa das mãos e fende o espaço da respectiva atividade submissa para aí INSERIR O ESPAÇO DE UMA LIVRE INATIVIDADE, define bem o DISSENTIMENTO, o choque entre dois regimes de sensorialidade. Este choque marca uma inversão completa da economia POLICIAL das competências." P.92
"Significa romper a partilha entre os que estão submetidos à necessidade do trabalho braçal e os que dispõem da liberdade do olhar."P.93
Pierre Félix Bourdieu (Denguin, França, 1 de agosto de 1930 — Paris,França, 23 de janeiro de 2002) foi um sociólogo francês.
De origem campesina, filósofo de formação, foi docente na École de Sociologie du Collège de France. Desenvolveu, ao longo de sua vida, diversos trabalhos abordando a questão da dominação e é um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da antropologia e sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, lingüística e política. Também escreveu muito sobre a Sociologia da Sociologia. A sociedade cabila, na Argélia, foi o palco de suas primeiras pesquisas. Seu primeiro livro, Sociologia da Argélia (1958), discute a organização social da sociedade cabila, e em particular, como o sistema colonial interferiu na sociedade cabila, em suas estruturas e desculturação. Dirigiu, por muitos anos, a revista "Actes de la recherche en sciences sociales" e presidiu o CISIA (Comitê Internacional de Apoio aos Intelectuais Argelinos), sempre se posicionado claramente contra oliberalismo e a globalização.
O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campo, habitus e capital.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Bourdieu
"Define a CONSTITUIÇÃO DE UM OUTRO CORPO QUE JÁ NÃO SE ENCONTRA ADAPTADO À DISTRIBUIÇÃO POLICIAL DOS LUGARES, DAS FUNÇÕES E DAS COMPETÊNCIAS SOCIAIS. O que produz estas paixões, estas inversões quanto à disposição dos corpos, não é ESTA OU AQUELA obra de arte, mas as formas do olhar que correspondem às formas novas de exposição das obras...O que forma um corpo operário revolucionário não é a pintura revolucionária (no sentido de David ou Delacroix). É pelo contrário A POSSIBILIDADE DE QUE ESSAS OBRAS SEJAM VISTAS NO ESPAÇO NEUTRO DO MUSEU..."P.93-4
"VACATURA": tempo durante o qual um cargo não está preenchido.
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/vacatura/EMPREENDIMENTO ARTÍSTICO-POLÍTICO APARENTEMENTE PARADOXAL - PARIS REBELIÃO DE 2005: DESPROMOÇÃO SOCIAL E VIOLÊNCIA DAS TENSÕES INTERÉTNICAS.
Locais onde ocorreram os conflitos mais violentos.
Focos de Protestos em 4 de novembro.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_jovens_dos_sub%C3%BArbios_da_Fran%C3%A7a_em_2005
A revolta de jovens dos subúrbios da França em 2005 constituiu-se de episódios de violência urbana que começaram na comuna de Clichy-sous-Bois, no departamento de Seine-Saint-Denis, na periferia da Região deParis, em 27 de outubro, após a perseguição pela polícia, seguida de morte acidental, de dois jovens descendentes africanos Bouna Traoré e Zyed Benna de Paris.
Tudo começou quando alguns adolescentes fugiam de uma blitz policial. Três deles foram perseguidos e entraram em um terreno fechado, pertencente à EDF, refugiando-se dentro de uma edificação, onde havia instalações elétricas. Bouna Traoré e Zyed Benna morreram eletrocutados. O terceiro, Muhittin Altun, sofreu queimaduras graves.
Pouco depois, começaram os confrontos em Chêne-pointu, entre grupos de jovens e a polícia. A revolta se espalhou rapidamente pela periferia de Paris e de outras cidades da França, justificando a instauração de estado de emergência em 25 departamentos, a partir de 8 de novembro de 2005 até 4 de janeiro de 2006.
Os distúrbios duraram 19 noites consecutivas, até o dia 16 de novembro. Jovens indignados, queimaram 8.970 carros e entram em confrontos com a polícia francesa, foram presos 2.888 jovens e um morto, além de Benna e Traoré. Em 17 de novembro a polícia declarou que a situação tinha sido normalizada. Os prejuízos decorrentes foram estimados em 200 milhões de dólares.
GRUPO DE ARTISTAS "ACAMPAMENTO URBANO" -projeto que ataca pela retaguarda o discurso dominante, esse discurso que EXPLICA A CRISE DAS PERIFERIAS POR MEIO DA PERDA DO LAÇO SOCIAL CAUSADA PELO INDIVIDUALISMO DE MASSA - PROJETO ESTÉTICO "EU E NÓS": ESPAÇO TOTALMENTE INÚTIL, FRÁGIL E IMPRODUTIVO (ESPAÇO APARENTEMENTE PARADOXAL)..."um lugar aberto a todos e sob proteção de todos, mas que não pudesse ser ocupado por ninguém senão para a contemplação e a meditação solitária."P.94
"...e criarem assim, com base no modelo da UNIVERSALIDADE ESTÉTICA KANTIANA, uma nova espécie de NÓS, uma comunidade estética ou de dissentimento." P.95
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 — Königsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo da era moderna.
Juízos /
Juízo estético
O juízo estético é abordado no livro Crítica da Faculdade do Juízo. De acordo com Kant para se ter uma investigação crítica a respeito do belo, devemos estar orientados pelo poder de julgar. E a indagação básica que move essa investigação crítica a respeito do belo é: existe algum valor universal que conceitue o belo e que reivindique que outras pessoas, a partir da minha apreciação de uma forma bela da natureza ou da arte, confirmem essa posição? Ou então somos obrigados a admitir que todo objeto que julgamos como sendo belo é uma valoração subjetiva?
A universalidade do juízo estético é detectada por envolver um exercício persuasivo de convencimento de outro sujeito que aquela determinada forma da natureza ou da arte é bela. E, dessa forma, torna aquele valor universal. Os sujeitos têm em comum um princípio de avaliação moral livre que determina a avaliação estética e, portanto, julga o belo como universal.
"O lugar vazio, inútil e improdutivo define um corte na distribuição normal das formas da existência sensível e das competências e incompetências que lhe andam associadas." P.95
Fonte: http://sylvieblocher.net/en/home
Video installation 2003 / 55 minutes / Floating screen 4mx3m / French and English text
/ Collection départementale d’art contemporain de la Seine-Saint-Denis, France
"QUERO UMA PALAVRA VAZIA QUE EU POSSA PREENCHER."
"A partir deste caso é possível enunciar o paradoxo da relação ENTRE ARTE E POLÍTICA. Arte e política estão ligadas entre si como FORMAS DE DISSENTIMENTO, como operações de reconfiguração da experiência comum do sensível. Há uma ESTÉTICA DA POLÍTICA no sentido em que os atos da subjetivação política REDEFINEM O QUE É VISÍVEL, o que pode dizer-se sobre o visível e QUAIS OS SUJEITOS QUE SÃO CAPAZES DE O FAZER. Há uma POLÍTICA DA ESTÉTICA no sentido em que as formas novas de circulação da palavra, de exposição do visível e de produção dos afetos determinam capacidades NOVAS em ruptura com a ANTIGA CONFIGURAÇÃO DO POSSÍVEL." P. 95-6
"Há assim uma POLÍTICA DA ARTE QUE PRECEDE AS POLÍTICAS DOS ARTISTAS, uma política da arte como repartição singular dos objetos da experiência comum, que opera por si mesma INDEPENDENTEMENTE DOS DESEJOS QUE POSSAM TER OS ARTISTAS DE SERVIR ESTA OU AQUELA CAUSA. O efeito do museu, do livro ou do teatro, antes de dizer respeito ao conteúdo desta ou daquela obra, TEM A VER COM AS PARTILHAS DE ESPAÇO E DE TEMPO E COM OS MODOS DE APRESENTAÇÃO SENSÍVEL QUE ESSAS PARTILHAS INSTITUEM."P.96
POLÍTICA DA ARTE = ENTRELAÇAMENTO DE LÓGICAS HETEROGÊNEAS.
POLÍTICA DO ESTÉTICO = O EFEITO NO CAMPO POLÍTICO DAS FORMAS DE ESTRUTURAÇÃO DA EXPERIÊNCIA SENSÍVEL PRÓPRIAS DE UM REGIME DA ARTE. NO REGIME ESTÉTICO DA ARTE, a constituição de espaços neutralizados, a perda da destinação das obras e a sua disponibilidade indiferente, o encavalgamento das temporalidades heterogêneas, a igualdade dos sujeitos representados e o anonimato daqueles a quem as obras se dirigem. "Todas estas propriedades definem o domínio da arte como o de uma forma de EXPERIÊNCIA PRÓPRIA, SEPARADA DAS OUTRAS FORMAS DE CONEXÃO DA EXPERIÊNCIA SENSÍVEL."P.96
AUSÊNCIA DE SEPARAÇÃO ENTRE AS COISAS QUE PERTENCEM À ARTE E AS QUE NÃO PERTENCEM A ESSE DOMÍNIO.
TRABALHO DA FICÇÃO = as estratégias dos artistas que se propõem dar a ver aquilo que NÃO ERA VISTO, fazer ver de outra maneira O QUE ERA VISTO DE MODO DEMASIADO FÁCIL, por em relação O QUE NÃO SURGIA RELACIONADO - tudo isso com a finalidade de PRODUZIR RUPTURAS NO TECIDO SENSÍVEL DAS PERCEPÇÕES E NA DINÂMICA DOS AFETOS.
"A ficção NÃO É A CRIAÇÃO DE UM MUNDO IMAGINÁRIO OPOSTO AO MUNDO REAL. É o trabalho que opera DISSENTIMENTOS, que modifica os modos de apresentação sensível e as formas de enunciação, alterando os quadros, as escalas ou os ritmos, construindo relações novas ENTRE A APARÊNCIA E A REALIDADE, o singular e o comum, o visível e a significação. Este trabalho muda as coordenadas do representável, ALTERA A NOSSA PERCEPÇÃO DOS ACONTECIMENTOS SENSÍVEIS."P.97
ROMANCE = DEMOCRATIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA (ANULANDO A HIERARQUIA ENTRE OS SUJEITOS). "...o romance moderno contribuiu para uma nova distribuição das formas de vida possíveis para todos...As formas da experiência estética e os modos da ficção criam assim UMA PAISAGEM INÉDITA DO VISÍVEL, FORMAS NOVAS DE INDIVIDUALIDADES E DE CONEXÕES, RITMOS DIFERENTES DE APREENSÃO DO DADO, ESCALAS NOVAS."P.98
U2 apresentando "disfarçado" no metrô de NY
O pessoal do U2 organizou uma surpresa bem especial para os usuários do metrô de Nova York. A cena aconteceu durante um episódio de “Tonight Show”, apresentado por Jimmy Fallon.
Os integrantes da banda se disfarçaram de artistas de rua e começaram a tocar “tocar I Still Haven’t Found What I’m Looking For”.
Fonte: http://metropolitanafm.uol.com.br/musicas/surpresa-u2-toca-disfarcado-em-metro-de-nova-york
Boiler Room é o nome de um projeto Londrino lançado em Março de 2010. Djs são convidados a tocar para poucas pessoas, sempre ao vivo pela internet (LiveStream). Os video são salvos, arquivados e publicados para livre acesso certo tempo depois da transmissão ao vivo.
Originalmente criado como complemento a revista "Platform", foi gradualmente ganhando importância. Expandiu geograficamente, hoje com braços em Los Angeles, New York (desde Junho 2012)1 e Berlin (desde Setembro 2012).2
As primeiras transmissões foram com artistas do "underground londrino" e em "Call Centers", edifícios de telemarketing ou "Boiler Rooms" como lá são conhecidos (origem do nome)3 . Com o passar do tempo, a programação ficou mais diversificada, contando com artistas de grande nome como: Frankie Knuckles, Sven Vath, Richie Hawtin, Ricardo Villalobos, Carl Cox, Michael Mayer, Kerri Chandler, Marcel Dettmann, Ben Klock, Levon Vincent e muitos outros.
No dia 04 de dezembro de 2013 ocorreu a primeira edição no Brasil, o Boiler Room São Paulo. Realizado no Cine Jóia com o line up: Gui Boratto, Ney Faustini, Nomumbah (aka. Ale Reis, Andre Torquato e Rafa Moraes) e Zegon.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Boiler_Room
"Se a política propriamente dita consiste na produção de sujeitos que dão voz aos anônimos, a política própria da arte no regime estético consiste na elaboração do mundo sensível do anônimo, dos modos do ISSO e do EU, dos quais emergem mundos, o mundo próprio de cada NÓS político." P.96
POLÍTICA DA ARTE = resultante de 3 lógicas: 1-a lógica das formas da experiência estética, 2-a lógica do trabalho ficcional e 3-a lógica das estratégias metapolíticas.
"Este entrelaçamento implica igualmente um imbricamento singular e contraditório entre as 3 formas de EFICÁCIA que tentei definir: 1-a lógica representativa que quer produzir efeitos por intermédio das representações, 2-a lógica estética que produz efeitos pela suspensão dos fins representativos e 3-a lógica ética que quer que as formas de arte e as da política se identifiquem diretamente umas com as outras. A tradição da arte crítica quis articular estas 3 lógicas numa mesma fórmula...Brecht deu a essa tentativa o nome emblemático de VERFREMDUNG."P.99
Bertolt Brecht, 1931
Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 —Berlim Leste, 14 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta eencenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia oBerliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscatore Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental daRússia soviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht
V-Effekt ou efeito V (do alemão Verfremdungseffekt) é uma elaboração artística do dramaturgo e diretor alemão Bertolt Brecht.
Pode ser traduzido como "efeito de estranhamento" ou "efeito de distanciamento" porém, há outras maneiras de se traduzir a palavra, como: "efeito de desilusão".
O efeito de estranhamento foi prática comum no teatro do início do século XX na Rússia e na Alemanha, principalmente entre os encenadores Erwin Piscator e Meierhold, assim como nas representações do agit-prop soviético. Este conceito se torna conhecido mundialmente a partir dos trabalhos teóricos de Bertolt Brecht, seu objetivo é tornar claro ao espectador que ele está frente a uma obra de arte, de que a representação teatral é uma ilusão.
Diversos artifícios na encenação ou na interpretação devem colocar o espectador dentro desta possibilidade. A encenação teatral baseada no efeito V deve lembrar ao espectador que ele sempre está no teatro, diferentemente das propostas artísticas de cunho naturalista que objetivam transformar a ação vivida no palco ou na arte num lugar onde o espectador esteja frente a uma "suposta" realidade.
Bertolt Brecht lembra que o v-effekt pode ser encontrado nas tragédias gregas, no teatro chinês e mesmo no dadaísmo, onde o admirador da obra de arte pode se deparar com coisas e situações estranhas, não habituais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/V-effekt
"A distanciação é a indeterminação da relação estética repatriada para o interior da ficção representativa, concentrada como potência de choque de uma heterogeneidade." P.99
SEPARAÇÃO ESTÉTICA X CONTINUIDADE ÉTICA
DISPOSITIVO DA OBRA CRÍTICA: contradição: não há razão para que o choque de dois modos de sensorialidade se traduza em compreensão das razões das coisas nem para que esta compreensão produza a decisão de mudar o mundo.
"Esse dispositivo pode contribuir para transformar o mapa do perceptível e do pensável, para criar NOVAS formas de experiência do sensível, NOVAS distâncias face às configurações existentes do DADO. MAS ESTE EFEITO NÃO PODE SER UMA TRANSMISSÃO CALCULÁVEL ENTRE CHOQUE ARTÍSTICO SENSÍVEL, TOMADA DE CONSCIÊNCIA INTELECTUAL E MOBILIZAÇÃO POLÍTICA...Passa-se de um mundo sensível para outro mundo sensível que define outras tolerâncias e intolerâncias, outras capacidades e incapacidades. O que efetivamente opera são DISSOCIAÇÕES: a ruptura de uma relação entre o SENTIDO E O SENTIDO, entre um mundo visível, um modo de afeição, um regime de interpretação e um espaço de possibilidades; é a ruptura das referências sensíveis QUE PERMITIAM OCUPAR UM LUGAR PRÓPRIO DENTRO DE UMA ORDEM DAS COISAS." P.100-1
CONSENSO > FORMA DE GOVERNO MODERNA > ESPECIALIZAÇÃO > ARBITRAGEM > NEGOCIAÇÃO > PARCEIROS SOCIAIS > COMUNIDADES.
"O consenso significa O ACORDO ENTRE SENTIDO E SENTIDO, ou seja, entre um modo de apresentação sensível e um regime de interpretação dos respectivos dados. Significa que, SEJAM QUAIS FOREM AS NOSSAS DIVERGÊNCIAS E IDEIAS DE ASPIRAÇÕES, percebemos as mesmas coisas e damos-lhes a mesma significação. O CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA IMPÕE ESTA IMAGEM DE UM MUNDO HOMOGÊNEO..."P.101-2
"O choque crítico dos elementos heterogêneos já não encontra uma analogia no choque político entre mundos sensíveis opostos. Antes tende a girar sobre si mesmo...Nesse plano, hoje como ontem, dos respectivos ícones ideais e dejetos sórdidos por intermédio de estratégias bem rodadas...Estes dispositivos CONTINUAM A OCUPAR AS NOSSAS GALERIAS E MUSEUS, acompanhados por uma retórica que pretende fazer-nos descobrir deste modo o PODER DA MERCADORIA, o império do espetáculo ou a PORNOGRAFIA DO PODER." P.103
Andy Warhol, 1964
Sculpture: Warhol's most famous sculpture is probably his Brillo Boxes, silkscreened ink on wood replicas of the large, branded cardboard boxes used to hold 24 packages of Brillo soap pads. The original Brillo design was by commercial artist James Harvey. Warhol's sculpture was part of a series of "grocery carton" works that also included Heinz ketchup and Campbell's tomato juice cases.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/story/2006/09/060911_disneybanksydt.shtml
O polêmico artista plástico britânico Banksy conseguiu colocar uma réplica em tamanho natural de um prisioneiro da base americana na Baía de Guantánamo na Disneylândia, em Los Angeles, sem que os responsáveis pelo parque percebessem.
A figura, vestida com o uniforme laranja que caracteriza os presos de Guantánamo, foi colocada no fim de semana dentro da área ocupada pela atração Rocky Mountain Railroad.
Relatos indicam que a réplica permaneceu no local por 90 minutos até que o brinquedo fosse fechado e a figura removida.
Um porta-voz de Banksy disse que a idéia era chamar atenção para a situação dos suspeitos de terrorismo presos no polêmico centro de detenção americano em Cuba. 11 de setembro, 2006
Banksy (Bristol, 1974/75 ) é um veterano artista de rua britânico, cujos trabalhos em estêncil são facilmente encontrados nas ruas da cidade de Bristol, numerosas manifestações de Banksy também são encontradas na capital britânica, Londres e em várias cidades do mundo.
WEB SITE OFICIAL DO ARTISTA: http://www.banksy.co.uk/
LINK VÍDEO GAZA: https://www.youtube.com/watch?t=84&v=3e2dShY8jIo
"O mecanismo gira sobre si mesmo e goza da própria indecidibilidade do seu dispositivo." P.103
OBRA DE CHARLES RAY: REVOLUÇÃO.CONTRA-REVOLUÇÃO. (NÃO LOCALIZEI IMAGENS) "O dispositivo alimenta-se então da equivalência entre a paródia como crítica e a paródia da crítica. Joga com a indecidibilidade da relação entre os 2 efeitos."P.103
DIMINUIR A CARGA POLÍTICA COLOCADA SOBRE A ARTE
EIXO DO PROCESSO = A CONSCIÊNCIA DO ESPECTADOR. "Esta via propõe a supressão da mediação entre uma arte produtora de dispositivos visuais e uma transformação das relações sociais. Nela, os dispositivos da arte APRESENTAM-SE DIRETAMENTE COMO PROPOSIÇÕES DE RELAÇÕES SOCIAIS." P.104
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Nicolas_Bourriaud
Nicolas Bourriaud (born 1965) is the Director of the École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, an art school in Paris, France.
He co-founded, and from 1999 to 2006 was co-director of the Palais de Tokyo, Paris together with Jérôme Sans. He was also founder and director of the contemporary art magazine Documents sur l'art (1992–2000), and correspondent in Paris for Flash Art from 1987 to 1995. Bourriaud was the Gulbenkian curator of contemporary art from 2008-2010 at Tate Britain, London, and in 2009 he curated the fourth Tate Triennial there, entitled Altermodern.
Bourriaud is best known among English speakers for his publications Relational Aesthetics (1998/English version 2002) and Postproduction (2001). Relational Aesthetics in particular has come to be seen as a defining text for a wide variety of art produced by a generation who came to prominence in Europe in the early 1990s. Bourriaud coined the term in 1995, in a text for the catalogue of the exhibition Traffic that was shown at the CAPC contemporary art museum inBordeaux.
In Postproduction (2001), Bourriaud relates deejaying to contemporary art. He lists the operations discjockeys apply to music and relates them to contemporary art practice.
"É esta a tese popularizada por Nicolas Bourriaud sob a designação de ESTÉTICA RELACIONAL: o trabalho da arte, nas suas novas formas, ultrapassou a antiga produção de objetos destinados a serem vistos. A partir de agora esse trabalho produz DIRETAMENTE RELAÇÕES COM O MUNDO, consequentemente formas ativas de comunidade." P.104
"O interior do espaço museológico e o exterior da vida social surgem então como dois lugares EQUIVALENTES de produção de relações." P.105
http://en.wikipedia.org/wiki/Rirkrit_Tiravanija
Rirkrit Tiravanija is a contemporary artist residing in New York, Berlin, and Chiang Mai. He was born in Buenos Aires, Argentina in 1961. His installations often take the form of stages or rooms for sharing meals, cooking, reading or playing music; architecture or structures for living and socializing are a core element in his work.
Lucimar Bello Frange - Desenhos de comer (2015) e A Casa (2014)
Fonte: rede social da artista
Fonte: http://www.studio-orta.com/en
Lucy Orta (born 1966 in Sutton Coldfield) is an English contemporary visual artist living and working between London and Paris where she has resided since 1991. She was born in 1966 in Sutton Coldfield, Great Britain.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Lucy_Orta
"O devir-ação ou o devir-ligação que se substitui à OBRA VISTA só tem eficácia quando é precisamente visto COMO SAÍDA EXEMPLAR DA ARTE PARA FORA DE SI MESMA." P.106
René Francisco (n. 1960, Holguín, Cuba)
Um dos expoentes da arte contemporânea em seu país, René Francisco estudou na Escuela Nacional de Arte e no Instituto Superior de Arte (ISA), em Havana. Com projeção internacional e uma reconhecida atividade como professor, participou da 26° Bienal de São Paulo, em 2004, da Bienal de Veneza, em 1999 e 2007, da Segunda Bienal de Arte Contemporânea de Tessalônica, Grécia, em 2009, e de duas edições Bienal de Havana, em 1997 e 2000. Recipiente do prêmio UNESCO na Bienal de Havana de 2000, foi também nomeado doutor honorário de Artes Visuais pela San Francisco Art Institute em 2001.
Fonte: http://www.nararoesler.com.br/artists/71-ren-francisco/
A 26ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo foi realizada entre os dias 26 de setembro e 19 de dezembro de 2004 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque do Ibirapuera. Com o tema "Território Livre", a mostra reuniu trabalhos de 135 artistas, de 62 países. Durante os 86 dias de exposição foi registrado um público recorde de 917.218 pessoas.
A curadoria ficou a cargo do alemão Alfons Hug.
"Este movimento de ida e volta entre a saída da arte em direção ao real das relações sociais e a apresentação que exclusivamente lhe assegura a EFICÁCIA SIMBÓLICA FOI BEM CLARIFICADO POR UMA OBRA DE UM ARTISTA CUBANO, RENÉ FRANCISCO..." "...artistas trabalhavam como pedreiros, pintores ou canalizadores. O fato de esta intervenção ocorrer num dos últimos países do mundo que se reclamam do COMUNISMO produzia evidentemente um conflito VIOLENTO ENTRE DOIS TEMPOS E DUAS IDEIAS DA REALIZAÇÃO DA ARTE". P.106
Autorretrato
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kazimir_Malevich
Kazimir Severinovich Malevich, (Kiev, 12 de fevereiro de 1878 – São Petersburgo, 15 de maio de 1935) foi um pintor abstrato soviético. Fez parte da vanguarda russa e foi o mentor do movimento conhecido como Suprematismo.
"...deixar de fazer quadros e passar a construir diretamente as formas DA VIDA NOVA."P. 106
BAI YILUO'S BIOGRAPHY
Bai Yiluo
1968 Born in Luoyang, Henan Province, China
Lives and works in Beijing
solo EXHIBITIONS
2008 Donkey and Pig, Magician Space, Beijing, China
2007 Fatalism-4, Meile Gallery Lausanne, Switzerland
2005 Fatalism Animals, Marella Gallery, Beijing, China
group EXHIBITIONS
2008 The Twelfth International Biennial of Photography and Photo-related art, Houston, America
New World Order, Groningen, Holland
Memory and Virtual Reality, T Space, Beijing, China
Comme Des Betes, Musée Cantonal Beaux-Arts, Lausanne, Switzerland
Fabricating Images from History, contemporary Photography Exhibition, Chinablue, Beijing, China
2007 Trees x9, Today Art Museum, Beijing, China
Real and Vanity, Mirage Oriental Vista Art Collections, Shanghai, China
Transformation of the Dragon, China Plaza Art Centre, New York, USA
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Museum der Moderne, Salzburg, Austria
Passion for Art, Essl Museum of Contemporary Art, Klosterneuburg/Vienna, Austria
The Year of the Golden Pig - Contemporary Chinese Art from the Sigg Collection, Lewis Glucksman Gallery,
University College Cork, Cork, Ireland
Zhu yi! Fotografia actual en China, Artium - Centro-Museo Vasco de Arte Contemporaneo, Vitoria-Gasteiz, Spain
2006 West 5 Gallery Grand Opening Exhibition, West 5 Gallery, Beijing, China
Transformation - Chinese Contemporary Photography, Perth International Photography Festival, Perth, Australia
FOCUS 2, Soka Gallery Beijing, Beijing, China
5x7 Decides Attitude, Pingyao International Photography Festival, Pingyao, China
CHINA NOW - Faszination einer Weltvernderung, Essl Museum of Contemporary Art, Klosterneuburg / Vienna, Austria
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Hamburger Kunsthalle, Hamburg, Germany
Real and Unreal - International Chinese Contemporary Art Exhibition, HEYLI Contemporary Art Center, Seoul, Korea
2005 City Re-Viewing - Guangzhou Photo Bienniale, Quangdong Museum of Art, Guangzhou, China
In and Out or In-Between, Soka Art Center, Beijing, China
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Kunstmuseum Bern, Switzerland
Foison, Art Scene Warehouse, Shanghai, China
Leather Cover of the City, Rock Tower Culture Center, Macau, China
2004 - 2005 Between Past and Future: New Photography and Video from China, ICP International Center of Photography, New York,
Seattle Art Museum, Seattle, Museum of Contemporary Art Chicago, Chicago, and The David and Alfred Smart Museum of Art,
Chicago, USA
Over On Billions Served: Conceptual Photography from China, Asian Civilizations Museum of Singapore, Singapore,
Denver Museum of Contemporary Art, Denver, USA
2004 One-to-One Visions, Chambers Fine Art, New York, USA
Chinese Conceptual Photography, Denver Museum of Contemporary Art, Denver, USA
Asian Factory, Bologna Museum of Contemporary Art, Bologna, Italy
Silknet, Galerie Urs Meile, Lucerne, Switzerland
Le Printemps de Chine&Quot, CRAC ALSAC, Altkirch, France
Between Past and Future: New Photography and Video from China, Pingyao International Photography Festival,
Pingyao, Shanxi, China
2003 Lifetime, Beijing Tokyo Art Projects, Beijing, China
Alors, la Chine?, Centre Pompidou, Paris, France
Distance, Guandong Museum of Art, Guangzhou, China
Contemporary Photography from China, Aarhus Arts Centr, Aarhus, Denmark
2002 Run, Jump, Crawl, Walk, East Art Center, Beijing, China
China Contemporary Art, Sao Paulo, Brazil
Living in Time - 29 Contemporary Artists from China, Hamburger Bahnhof, Berlin, Germany
Self-Talking, China Art Archives & Warehouse, Beijing, China
ChinArt - Zeitgenssische Kunst aus China, Kuppersmuhle Museum, Duisburg, Germany
Pingyao International Photography Festival, Pingyao Shanxi Province, China
2001 Take Part II, Galerie Urs Meile, Lucerne, Switzerland
Visibility, China Art Archives & Warehouse, Beijing, China
1968 Born in Luoyang, Henan Province, China
Lives and works in Beijing
solo EXHIBITIONS
2008 Donkey and Pig, Magician Space, Beijing, China
2007 Fatalism-4, Meile Gallery Lausanne, Switzerland
2005 Fatalism Animals, Marella Gallery, Beijing, China
group EXHIBITIONS
2008 The Twelfth International Biennial of Photography and Photo-related art, Houston, America
New World Order, Groningen, Holland
Memory and Virtual Reality, T Space, Beijing, China
Comme Des Betes, Musée Cantonal Beaux-Arts, Lausanne, Switzerland
Fabricating Images from History, contemporary Photography Exhibition, Chinablue, Beijing, China
2007 Trees x9, Today Art Museum, Beijing, China
Real and Vanity, Mirage Oriental Vista Art Collections, Shanghai, China
Transformation of the Dragon, China Plaza Art Centre, New York, USA
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Museum der Moderne, Salzburg, Austria
Passion for Art, Essl Museum of Contemporary Art, Klosterneuburg/Vienna, Austria
The Year of the Golden Pig - Contemporary Chinese Art from the Sigg Collection, Lewis Glucksman Gallery,
University College Cork, Cork, Ireland
Zhu yi! Fotografia actual en China, Artium - Centro-Museo Vasco de Arte Contemporaneo, Vitoria-Gasteiz, Spain
2006 West 5 Gallery Grand Opening Exhibition, West 5 Gallery, Beijing, China
Transformation - Chinese Contemporary Photography, Perth International Photography Festival, Perth, Australia
FOCUS 2, Soka Gallery Beijing, Beijing, China
5x7 Decides Attitude, Pingyao International Photography Festival, Pingyao, China
CHINA NOW - Faszination einer Weltvernderung, Essl Museum of Contemporary Art, Klosterneuburg / Vienna, Austria
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Hamburger Kunsthalle, Hamburg, Germany
Real and Unreal - International Chinese Contemporary Art Exhibition, HEYLI Contemporary Art Center, Seoul, Korea
2005 City Re-Viewing - Guangzhou Photo Bienniale, Quangdong Museum of Art, Guangzhou, China
In and Out or In-Between, Soka Art Center, Beijing, China
Mahjong - Chinesische Gegenwartskunst aus der Sammlung Sigg, Kunstmuseum Bern, Switzerland
Foison, Art Scene Warehouse, Shanghai, China
Leather Cover of the City, Rock Tower Culture Center, Macau, China
2004 - 2005 Between Past and Future: New Photography and Video from China, ICP International Center of Photography, New York,
Seattle Art Museum, Seattle, Museum of Contemporary Art Chicago, Chicago, and The David and Alfred Smart Museum of Art,
Chicago, USA
Over On Billions Served: Conceptual Photography from China, Asian Civilizations Museum of Singapore, Singapore,
Denver Museum of Contemporary Art, Denver, USA
2004 One-to-One Visions, Chambers Fine Art, New York, USA
Chinese Conceptual Photography, Denver Museum of Contemporary Art, Denver, USA
Asian Factory, Bologna Museum of Contemporary Art, Bologna, Italy
Silknet, Galerie Urs Meile, Lucerne, Switzerland
Le Printemps de Chine&Quot, CRAC ALSAC, Altkirch, France
Between Past and Future: New Photography and Video from China, Pingyao International Photography Festival,
Pingyao, Shanxi, China
2003 Lifetime, Beijing Tokyo Art Projects, Beijing, China
Alors, la Chine?, Centre Pompidou, Paris, France
Distance, Guandong Museum of Art, Guangzhou, China
Contemporary Photography from China, Aarhus Arts Centr, Aarhus, Denmark
2002 Run, Jump, Crawl, Walk, East Art Center, Beijing, China
China Contemporary Art, Sao Paulo, Brazil
Living in Time - 29 Contemporary Artists from China, Hamburger Bahnhof, Berlin, Germany
Self-Talking, China Art Archives & Warehouse, Beijing, China
ChinArt - Zeitgenssische Kunst aus China, Kuppersmuhle Museum, Duisburg, Germany
Pingyao International Photography Festival, Pingyao Shanxi Province, China
2001 Take Part II, Galerie Urs Meile, Lucerne, Switzerland
Visibility, China Art Archives & Warehouse, Beijing, China
Fonte: http://www.saatchigallery.com/artists/bai_yiluo.htm?section_name=china_art
"E neste espaço o olhar que recai sobre o relato visual das dita SAÍDAS não se distingue daquele de que são objeto os grandes mosaicos ou PAINÉIS com que muitos artistas nos representam hoje a multidão dos anônimos ou dos respectivos quadros de vida...A reunião das fotografias toma a função de uma escultura monumental que torna presente hic et nunc a comunidade human que é o seu objeto e a sua finalidade."P.107
COMISSÁRIOS DE EXPOSIÇÃO (CURADORES) > IDENTIDADE ANTECIPADA: REPRESENTAÇÃO DE UM DISPOSITIVO SENSÍVEL DE FORMAS > MANIFESTAÇÃO DO RESPECTIVO SENTIDO > REALIDADE ENCARNADA DESTE SENTIDO.
LAÇOS SOCIAIS EM GERAL X SUBVERSÃO DE LAÇOS BEM DETERMINADOS > PRESCRITOS PELAS FORMAS DE MERCADO > DECISÕES DOMINANTES > COMUNICAÇÃO MIDIÁTICA
"A ação artística identifica-se então com a PRODUÇÃO DE SUBVERSÕES PONTUAIS E SIMBÓLICAS DO SISTEMA." P.108
Matthieu Laurette (born 1970 in Villeneuve Saint Georges, France) is a media and conceptual contemporary French artist who works in a variety of media, from TV and video to installation and public interventions.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Matthieu_Laurette
http://www.laurette.net/ SITE OFICIAL DO ARTISTA
Exposição "A nossa história"- 2006 Palais de Tokyo (Paris)
"Segundo o comissário da exposição, esta ação artística invertia ao mesmo tempo a lógica mercantil do aumento do valor e o princípio do show televisivo. Porém...A realidade do efeito encontrava-se uma vez mais antecipada NA MONUMENTALIZAÇÃO DA IMAGEM. Trata-se de uma tendência de muitas obras e exposições contemporâneas que REPORTA uma certa forma de ATIVISMO ARTÍSTICO à VELHA LÓGICA REPRESENTATIVA: a importância do lugar ocupado no espaço expositivo serve para provar a realidade de um efeito de SUBVERSÃO no âmbito da ordem social, tal como noutro tempo a MONUMENTALIDADE DA PINTURA HISTÓRICA PROVAVA A GRANDEZA DOS PRÍNCIPES CUJOS PALÁCIOS ORNAMENTAVA...a arte ativista imita e antecipa o seu próprio efeito, correndo o risco de se TORNAR UMA PARÓDIA DA EFICÁCIA QUE REIVINDICA. O mesmo risco de uma eficácia espetacular fechada na sua própria demonstração ocorre quando os artistas atribuem a si mesmos como tarefa específica INFILTRAREM-SE nas redes de dominação"P.108
Andy Bichlbaum e Mike Bonanno posam como executivos
The Yes Men é formado por dois ativistas da interferência cultural, em que se faz paródia de peças publicitárias e outdoors conhecidos, adulterando e alterando suas mensagens, conhecidos pelos pseudônimos de Andy Bichlbaum e Mike Bonanno.
Por meio de ações midiáticas, The Yes Men tem como principal objetivo aumentar a consciência sobre as mais importantes questões socioambientais, denunciando o liberalismo através da caricatura e praticando o que eles chamam "correção de identidade" ao fingir serem pessoas poderosas e porta-vozes de organizações proeminentes.
Nessas ações, eles personificar entidades e pessoas com a irônica missão de dizer a verdade e expor mentiras. Em alguns casos, criaram e mantêm sites falsos semelhantes aos que pretendem parodiar, conseguindo inúmeras entrevistas para a TV ou para conferências em eventos. Eles defendem a crença de que as corporações e organizações governamentais agem, muitas vezes, de forma desumana com o público e os contribuintes.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Yes_Men
George W. Bush[editar | editar código-fonte]
Um dos primeiros feitos do The Yes Men foi a criaçao do site www.gwbush.com, feito para aEleição_presidencial_dos_Estados_Unidos_(2000) para chamar a atenção para hipocrisias alegada nosite oficial do candidato George W. Bush. Quando perguntado sobre o site, numa conferência de imprensa em 21 de maio de 1999, Bush respondeu que a dupla tinha ido longe demais em criticá-lo.
Em 2004, The Yes Men saiu em turnê, posando como o grupo "Yes, Bush Can!" e encorajou pessoas a um abaixo-assinado para manter os resíduos nucleares no seu quintal e mandar seus filhos para a guerra.
Dow Chemical[editar | editar código-fonte]
Em 3 de dezembro de 2004, o vigésimo aniversário do desastre de Bhopal, Andy Bichlbaum apareceu na BBC World com o nome de "Jude Finisterra", um porta-voz da Dow Chemical, empresa que havia comprado a Union Carbide, a empresa responsável pela desastre químico que matou milhares de pessoas e deixou mais de 120 mil necessitam de cuidados ao longo da vida.
Bichlbaum passou a notícia de que a Dow Chemical planejava liquidar Union Carbide e usar 12 bilhões para pagar os cuidados médicos dos sobreviventes, a limpeza do local onde ficava a fábrica na Índia e também financiar uma investigação sobre os riscos de outros produtos da Dow Chemical. Após duas horas de ampla cobertura, a Dow emitiu um comunicado negando a declaração, garantindo uma cobertura ainda maior da notícia falsa. Quando a história original foi finalmente desacreditada, o valor das ações da Dow tinha caído 23%, num valor total de 2 bilhões de dólares.
No mesmo dia, após a entrevista ser revelada como uma farsa, Bichlbaum foi perguntado se ele tinha considerado as emoções e a reação do povo de Bhopal na produção da farsa. De acordo com o entrevistador, "havia muitas pessoas em lágrimas" ao ter conhecimento da fraude. Bichlbaum disse que, em comparação, o sofrimento que ele causou ao povo da cidade de Bhopal durante duas horas era mínima se comparada àquela da qual a empresa tinha sido responsável ao longo de vinte anos. Após, a dupla foi a cidade indiana e entrevistou pessoas ligadas a entidades que cuidam dos sobreviventes e estes deram parabéns pela entrevista.
A Tragédia, ou Desastre de Bhopal, foi um acidente industrial que ocorreu na madrugada de 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, quando 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É considerado o pior desastre industrial ocorrido até hoje, quando mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadores, foram expostas aos gases. O número total de mortes é controverso: houve num primeiro momento cerca de 3.000 mortes diretas, mas estima-se que outras 10 mil ocorreram devido a doenças relacionadas à inalação do gás. A Union Carbide, empresa de pesticidas de origem americana, negou-se a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como conseqüência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região filhas de pessoas afetadas pelos gases também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química (Dow Chemicals), informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e no entorno da antiga fábrica. Hoje sabe-se que o composto quimico era o isocianato de metila.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desastre_de_Bhopal
SUCESSO TOTAL X FRACASSO TOTAL > TINHAM ENGANADO SEUS ADVERSÁRIOS X A SUA AÇÃO TINHA PERMANECIDO PERFEITAMENTE INDISCERNÍVEL.
"Não se trata, pois, de saber se essa ação é uma saída bem-sucedida da solidão artística para o domínio real das relações de poder, mas sim de saber QUE FORÇAS ELA DÁ A AÇÃO COLETIVA CONTRA AS FORÇAS DA DOMINAÇÃO QUE TOMA POR ALVO. O que sustenta essa identificação é a visão de uma nova era do capitalismo na qual a produção material e imaterial, o saber, a comunicação e a performance artística se FUNDIRIAM NUM ÚNICO PROCESSO de realização do poder da inteligência coletiva. Porém..." P.111
"Assim, a política da arte não pode solucionar os seus paradoxos, sob a forma de uma INTERVENÇÃO FORA DOS SEUS LUGARES, no mundo real. Não existe um mundo real que fosse o lado de fora da arte. O que existe são pregas e dobras do tecido sensível comum nas quais se ENCONTRAM E DESENCONTRAM A POLÍTICA DO ESTÉTICO E O ESTÉTICO DA POLÍTICA. Não existe real em si, mas sim CONFIGURAÇÕES daquilo que nos é DADO COMO O NOSSO REAL, como objeto das nossas percepções, dos nossos pensamentos e das nossas intervenções. O REAL É SEMPRE OBJETO DE UMA FICÇÃO, ou seja, de uma construção do espaço onde se entrelaçam o VISÍVEL, O DIZÍVEL E O FAZÍVEL. A ficção artística com a ação política ATRAVESSAM ESSE REAL, FRATURAM-NO E MULTIPLICAM-NO segundo um modo polêmico." P.112
VER FILME DE FRANCIS ALYS - REEL, UNREEL
Francis Alÿs |
Born in Belgium, 1959. Lives and works in Mexico City. |
Videos are organized from most recent to earliest video Fonte: http://www.francisalys.com/ |
The title refers to the action presented in the video (two children who “reel and unreel” two spools of film through the streets of Kabul, the capital of Afghanistan), and the film itself, which likewise reels on and off the film projector, with an assonance between the terms reel/real and unreel/unreal adopted by the artist to indicate the partial, or simply unreal, knowledge in the West of the cultural, political and socioeconomic reality of contemporary Afghanistan.
Fonte: http://www.domusweb.it/content/domusweb/en/news/2014/06/21/francis_ala_s_reel-unreel.html
"De igual modo, a relação da arte com a política não é uma PASSAGEM DA FICÇÃO AO REAL, mas sim uma relação entre duas maneiras de produzir ficções...As práticas da arte...Contribuem para desenhar uma paisagem NOVA DO VISÍVEL, DO DIZÍVEL E DO FAZÍVEL. Contra o consenso de outras formas do SENSO COMUM, forjam formas de um senso comum polêmico."P.113
VASTO CONJUNTO DE FORMAS DE DISSENTIMENTO: 1- as que se dedicam a fazer ver o que permanece invisível;2-as que põem em jogo, sob formas inéditas, as capacidades de representar, de falar e de agir que pertencem a todos;3-as que deslocam as linhas de distribuição entre os regimes de apresentação sensível;4-as que reexaminam e recolocam em ficção as políticas da arte.
CRÍTICO = DIZ RESPEITO À SEPARAÇÃO, À DISCRIMINAÇÃO.
"Crítica é a arte que DESLOCA as linhas de separação, que introduz separação no tecido consensual do real e que, precisamente por essa via, baralha as linhas de separação que configuram o campo consensual do dado, como é o caso da linha que separa o documentário da ficção. A ficção para os Israelitas e o documentário para os Palestinos (Godard)." P.114
Jean-Luc Godard (Paris, 3 de Dezembro de 1930) é um cineasta franco-suíço reconhecido por um cinema vanguardista e polêmico, que tomou como temas e assumiu como forma, de maneira ágil, original e quase sempre provocadora, os dilemas e perplexidades do século XX. Além disso, é também um dos principais nomes da "Nouvelle Vague". Godard foi um militante anarquista de centrismo.
ARTISTAS PALESTINOS, LIBANESES, ISRAELITAS.
"Mas o trabalho crítico, o trabalho acerca da separação, é também aquele que examina os limites próprios da sua prática, que recusa antecipar o seu efeito e leva em conta a separação estética, por intermédio da qual este efeito se encontra produzido. É UM TRABALHO QUE, EM VEZ DE QUERER SUPRIMIR A PASSIVIDADE DO ESPECTADOR, REEXAMINA A ATIVIDADE DESTE" P.114-5
Anri Sala (born 1974) is an Albanian contemporary artist whose primary medium is video.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Anri_Sala
Fonte: https://smmoa.org/programs-and-exhibitions/anri-sala-dammi-colori/
"A ideia da arte como construção das formas sensíveis da vida coletiva." P.115
JAMAC / MÔNICA NADOR
"Tratava-se NÃO APENAS DE TRANSFORMAR O QUADRO DE VIDA DOS HABITANTES, mas também de suscitar um sentido estético da apropriação coletiva do espaço..." P.115
Papel de parede de "Alcachofra", de John Henry Dearle para William Morris & Co., 1897 (Victoria and Albert Museum).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arts_%26_crafts
Arts & Crafts foi um movimento estético surgido na Inglaterra, na segunda metade doséculo XIX. Defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa e pregava o fim da distinção entre o artesão e o artista. Fez frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em móveis e objetos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria conhecido como designer. Foi influenciado pelas ideias do romântico John Ruskin e liderado pelo socialista e medievalista William Morris.
Durou relativamente pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma das raízes domodernismo no design gráfico, desenho industrial e arquitetura.
De acordo com Tomás Maldonado, o Arts & Crafts foi uma importante influência para o surgimento posterior da Bauhaus, que assim como os ingleses do século XIX, também acreditavam que o ensino e a produção do design deveria ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos-artistas, sob a orientação de um ou mais mestres. A Bauhaus desejou, assim, uma produção de objetos feito por poucos e adquirido por poucos, nos quais a assinatura do artesão tem um valor simbólico fundamental. De forma ampla, a Bauhaus herda a reação gerada no movimento de Morris contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deutscher_Werkbund
A Deutscher Werkbund (em português, "Federação Alemã do Trabalho") foi fundada em 1907, por um grupo de arquitetos, designers e empresários alemães que tinham estado, de alguma maneira, ligados ao Jugendstil, ou "Arte Nova Alemã".
O ponto alto do trabalho do Werkbund foi uma exposição de arquitetura realizada em1927, em Stuttgart, no Weissenhofsiedlung (bairro de Weissenhof, conjunto arquitetônico existente até hoje como museu de arquitetura). Sob a direção de Mies van der Rohe, foram convidados 12 dos mais conhecidos arquitetos da época para realizar, através de projetos de edificações uni ou multifamiliares, novas ideias para a arquitetura e o design.
Com o uso de novos materiais, foram desenvolvidos também novos conceitos de habitar. A perda de expressão dos ambientes deveria aqui ser suprimida. O Weissenhofsiedlung era também um experimento que abrangia conceber desde a casa até a taça de café, tudo dentro de uma mesma ideia de configuração. Assim deveriam ser propagados novos conceitos estéticos, além de oferecer a amplas camadas da população instalações a preços acessíveis.
Para o movimento Deutscher Werkbund, a indústria era parte dos novos tempos e, através dela, poder-se-ia ter um mundo melhor, onde o artista e o artesão buscariam, juntos, melhores condições de vida e melhor qualidade dos produtos industriais. Em 1919, esse mesmo grupo funda a escola Bauhaus de arquitetura e artes. Atribui-se a Hermann Muthesius o papel decisivo na sua fundação.
Palavra Bauhaus marcada na fachada de seu edifício em Dessau.
A Staatliches-Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus
"Os recursos de uma arte da distância servem para expor e para problematizar a política que quer fundir a arte e a vida num único processo de criação de formas. É outra função da cor e outra política da arte que se encontra no cerne dos 3 filmes do cineasta português Pedro Costa..."P.116
Pedro Costa (Lisboa, 3 de Janeiro de 1959), realizador português, caracteriza-se por ser um cineasta independente e inovador. Usa as técnicas do cinema direto, sendo herdeiro das experiências feitas em 16 mm no documentário pelos seus colegas do Novo Cinema. É filho do jornalista e realizador de televisão Luís Filipe Costa.
Tal como Teresa Villaverde, Joaquim Sapinho, Manuel Mozos, João Pedro Rodrigues, Marco Martins, entre outros, pertence à primeira leva de cineastas formados pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa que inicia a sua actividade nos anos noventa e que, regra geral, se empenha em criar filmes de autor. Estes novos cineastas serão beneficiados, em relação à geração precedente, pelos regulamentos estatais de apoio às primeiras obras e pelos critérios que permitem continuidade na atribuição desses subsídios.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Costa
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ossos_(filme)
Ossos (1997) é um filme português de ficção, com largas concessões ao documentário, realizado por Pedro Costa.
Teve ante-estreia a 2 de Setembro no Festival de Veneza de 1997.
Nas ‘’Fontainhas’’, um bairro negro do subúrbio de Lisboa, um casal de jovens acaba de ter um filho. A criança, com poucos dias de vida, vai sobreviver a várias mortes. Tina, sua jovem mãe, desespera e abre o gás. É salva pelo pai da criança, que a leva consigo, mendigando, dormindo na rua e dando a beber à criança leite oferecido por caridade. Por duas vezes se tenta: vender o filho, por desespero, por amor, por qualquer coisa. Tina, que não o esquece, junta-se com a malta da rua e vai em busca de vingança. Uma assistente social perde-se no labirinto.
No Quarto da Vanda (2000) é um filme português de Pedro Costa, entre ficção edocumentário, a sua segunda docuficção numa trilogia de longas-metragens explorando a injustiça social : aquela que afecta jovens marginais ou imigrantes de Cabo Verde, radicados em Lisboa: Ossos (1997), no Quarto de Vanda, Juventude em Marcha (2006). É a primeiraetnoficção de Pedro Costa.
O filme estreou no cinema King, em Lisboa, a 2 de Março de 2001.
http://pt.wikipedia.org/wiki/No_Quarto_da_Vanda
Vanda Duarte é uma jovem toxico-dependente que vive num bairro de lata, ao norte da cidade de Lisboa. É uma pessoa simples e sensível que não consegue superar o problema da droga. Isolada do mundo exterior, fechada no seu quarto pobre, vive com mágoa o seu desconforto e o seu desencanto, que partilha com alguns familiares e amigos.
O bairro das Fontaínhas, onde ela vive, começa gradualmente a ser destruído pelos buldozeres da Câmara de Lisboa e ela inquieta-se em relação ao seu futuro.
"Porém, a estetização significa precisamente que o território intelectual e visualmente banalizado da miséria e da margem é elevado à sua potencialidade de riqueza sensível partilhável."P.117
"Pedro costa põe deste modo em ação uma política da estética igualmente afastada da visão sociológica para a qual a política da arte significa a explicação de uma situação - ficcional ou real - pelas condições sociais e da visão ética que pretende substituir a impotência do olhar e da palavra pela ação direta. No centro do seu trabalho encontra-se inversamente o poder do olhar e da palavra, o poder da SUSPENSÃO que o olhar e a palavra instalam. PORQUE A QUESTÃO POLÍTICA É ANTES DE MAIS A CAPACIDADE DE QUAISQUER CORPOS TOMAREM EM MÃOS O SEU DESTINO."P.118
Quarto da Vanda = BELA NATUREZA-MORTA
Juventude em Marcha = nova cisão - O RASGÃO QUE, NO FINAL DESSA HISTÓRIA, SEPAROU UM INDIVÍDUO DO SEU MUNDO E DE SI PRÓPRIO. VENTURA É UMA ESPÉCIE DE ÉDIPO OU REI LEAR.
Édipo é um personagem da mitologia grega. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai deEtéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dipo
Rei Lear e o bobo na tempestade", por William Dyce (1806-1864)
Rei Lear (King Lear, em inglês) é uma tragédia teatral de William Shakespeare, considerada uma de suas obras-primas. No argumento da obra, inspirado por antigas lendas britânicas, o rei enlouquece após ser traído por duas de suas três filhas, às quais havia legado seu reino de maneira insensata.
Escrita em torno de 1605, a peça foi encenada pela primeira vez perante a corte inglesa no dia 26 de dezembro de 1606. Foi impressa em 1608 e novamente, numa versão revisada, em 1623. Rei Lear foi adaptada repetidas vezes para o teatro e cinema.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Lear
Robert Desnos (Paris, 4 de julho de 1900 — Terezín, 8 de junho de 1945) foi umpoeta surrealista francês.
"Um filme político hoje talvez queira dizer também um filme que se faz em lugar de um outro, um filme que mostra a sua distância face ao modo de circulação das palavras, dos sons, das imagens, dos gestos e dos afetos no seio do qual pensa o efeito das suas formas."P.121
"O cinema, a fotografia, o vídeo, as instalações e todas as formas de performance do corpo, da voz e dos sons contribuem para uma refundição do quadro das nossas percepções e do dinamismo dos nossos afetos.Deste modo abrem passagens possíveis para novas formas de subjetivação política. UMA ARTE CRÍTICA É UMA ARTE QUE SABE QUE O SEU EFEITO POLÍTICO PASSA PELA DISTÂNCIA ESTÉTICA...Há duas maneiras de pensar e de produzir obra com o INDECIDÍVEL: 1-que o considera um estado do mundo em que os opostos se equivalem e que faz da demonstração desta equivalência a ocasião para um novo virtuosismo artístico.2-que reconhece no indecidível o entrelaçamento de várias políticas, dá a este entrelaçamento novas figuras, explora as respectivas tensões e desloca assim o equilíbrio dos possíveis e a distribuição das capacidades."P.122