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sábado, 1 de agosto de 2009

roteiro














1. Por quem essa imagem foi produzida? Para quem? E por quê?

2. Você já viu outro trabalho desse artista? Que dados históricos você conhece sobre ele?

3. Em que lugar este trabalho pode ser/ foi apresentado ao público?

4. Que tipo de registro temos do processo de construção dessa obra e qual é a sua relevância?

5. Esta imagem é familiar a você em quais aspectos?

6. Além do conteúdo formal da imagem, o que ela te faz pensar? O que ela sugere?

7. De qual ponto de vista o autor dessa obra contempla a realidade? (acima, abaixo, esquerda, direita)

8. Que sensações nos produzem as estratégias gestuais e cenográficas da imagem? (gestos, vestuário, maquiagem, cenário)

9. Sobre o aspecto lumínico: as figuras são apresentadas de maneira irreal ou com deformações inquietantes? (de cima para baixo, de baixo para cima, frontal)

10. Que símbolos você identifica na imagem? (convenções como pomba simboliza a paz, caveira, a morte)

11. Como a imagem se configura graficamente? (de perto, de longe, contorno, delineamento, recursos técnicos)

12. Que relações você estabelece com a imagem? (relações espaciais, aproximação com a obra, a imaginação e os sentimentos como campos que tecem o itinerário argumentativo do conhecimento)

13. Você percebe a imagem como apresentação de uma determinada realidade ou a alteração da realidade?



Quase tudo do pouco que conhecemos nos chega via tecnologias da informação e comunicação. Imagens para entreter, vender, com mensagens sobre o que devemos vestir, comer, aparentar, pensar. Fabris (1998) nos auxilia a compreender o interesse pelo visual no mundo contemporâneo. A autora observa que a imagem especular, própria do Renascimento, não é, apenas, resultado de uma ação artística, mas sim fruto de um cruzamento entre arte e ciência. A perspectiva é bem mais do que a aplicação de leis geométricas e matemáticas, ela é um modelo de organização e racionalização de um espaço hierárquico. É a possibilidade de estruturar o espaço a partir de um determinado ponto de vista, aquele de um sujeito onisciente, capaz de tudo dominar e determinar.

Esta autora destaca que o lapso de tempo no qual o artista do Renascimento organizava uma nova visualidade coincide com o desenvolvimento da imprensa, com um novo modo de armazenar e distribuir um conhecimento interessado na preservação do passado e na difusão do presente.

Esse período buscava um novo estilo cognitivo baseado na demonstração visual. As imagens com perspectiva tentavam tornar o mundo compreensível à poderosa figura que permanecia em pé, no centro da imagem, no único ponto a partir do qual era desenhada. Esse estilo cognitivo se estendeu até a fotografia, mas como as tecnologias disponíveis no mundo contemporâneo redefinem os conceitos de espaço, tempo, memória, produção e distribuição do conhecimento, estamos em um momento que busca uma outra epistemologia e se necessitamos de outro modo de pensamento, conseqüentemente também necessitamos de outra visualidade.

As freqüentes mudanças de expressões e conceitos próprios da natureza das artes visuais na contemporaneidade podem trazer dúvidas quanto à aplicabilidade das propostas didáticas para o currículo escolar no ensino fundamental e médio baseadas em propostas como os Pcns.

O professor poderá propor análises de imagem, sempre partindo de recortes dentre obras de um artista ou de uma temática, assunto ou técnica.