A Sociedade do Espetáculo é o trabalho mais conhecido de Guy Debord. Em termos gerais, as teorias de Debord atribuem a debilidade espiritual, tanto das esferas públicas quanto da privada, a forças econômicas que dominaram a
Europa após a modernização decorrente do final da
segunda grande guerra.
Ele faz a crítica, como duas faces da mesma problemática, tanto ao espetáculo de
mercado do
ocidente capitalista (o espetacular difuso) quanto o espetáculo de
estado do
bloco socialista (o espetacular concentrado).
O que vemos é tentativa de mudanças no pensamento em ralação a produção cultural vigente, ressaltou que é um ato de coragem executar um evento deste porte, mas vem em tempo oportuno, pois mudança similar a esta só foi visto há quinhentos anos no período renascentista com invenção da imprensa. Em tempos que a pesquisa ganhou um aliado forte com a internet, com apenas um clique podemos acessar o melhores acervos bibliográficos.
No entanto, Guy Ernest Debord não é apenas um competente leitor de Marx. Em sua obra podemos encontrar também referências outras como Mikhail Bakunin ou Sigmund Freud. Sua obra A sociedade do Espetáculo é o resultado de uma série de debates e leituras acerca dos conceitos desenvolvidos por Marx. Debate este que tem recebido contribuições enriquecedoras de diversas pessoas e de diversas ações. Pessoas como Anselm Jappe e Robert Kurz.
O ponto central de sua teoria é que a alienação é mais do que uma descrição de emoções ou um aspecto psicológico individual. É a conseqüência do modo capitalista de organização social que assume novas formas e conteúdos em seu processo
dialética de separação e reificação da vida humana. Como uma constituição moderna da
luta de classes, o espetáculo é uma forma de dominação da
burguesia sobre o
proletariado e do espetáculo, sua lógica e sua história, sobre todos os membros da sociedade.
Debord mostra algumas estratégias que buscam resistir à alienação através da supressão ou derivação da realidade espetacular, destruindo os valores burgueses tal como a submissão ao mundo do trabalho.
A situação material em que o homem vive é que o cria. Feuerbach nega o conceito de que exista primeiro a ideia e depois a matéria. Para ele a maçã real precede a ideia da maçã. Afirma que deveríamos entender Hegel de cabeça para baixo. Para Feuerbach, Hegel descreve o homem de ponta-cabeça.
O homem é aquilo que come
"O QUE O HOMEM CONTEMPLA NO ESPETÁCULO É A ATIVIDADE QUE LHE FOI SUBTRAÍDA, É SUA PRÓPRIA ESSÊNCIA, QUE SE TORNOU ESTRANHA, VOLTADA CONTRA ELE, ORGANIZADORA DE UM MUNDO COLETIVO CUJA REALIDADE É A REALIDADE DESSE DESAPOSSAMENTO."
"PORTANTO, CABERIA HOJE REEXAMINAR ESSES PRINCÍPIOS, OU MELHOR, A REDE DE PRESSUPOSTOS, O JOGO DE EQUIVALÊNCIAS E OPOSIÇÕES QUE SUSTENTA SUA POSSIBILIDADE: EQUIVALÊNCIAS ENTRE PÚBLICO TEATRAL E COMUNIDADE, ENTRE OLHAR E PASSIVIDADE, EXTERIORIDADE E SEPARAÇÃO, MEDIAÇÃO E SIMULACRO; OPOSIÇÕES ENTRE COLETIVO E INDIVIDUAL, IMAGEM E REALIDADE VIVA, ATIVIDADE E PASSIVIDADE, POSSE DE SI E ALIENAÇÃO."