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sábado, 25 de abril de 2015

desventuras do pensamento crítico (FIM!)

..."é preciso voltar ao sentido original da palavra EMANCIPAÇÃO: saída de um estado de menoridade...A comunidade harmoniosamente tecida, alvo dessas saudades, é aquela em que CADA UM TEM SEU LUGAR EM SUA CLASSE, fica ocupado na função que lhe cabe e é dotado do equipamento sensorial e intelectual que convém a esse lugar e a essa função: A COMUNIDADE PLATÔNICA NA QUAL OS ARTESÃOS DEVEM FICAR EM SEU LUGAR PORQUE O TRABALHO NÃO ESPERA...É o que chamamos de divisão policial do sensível: A EXISTÊNCIA DE UMA RELAÇÃO HARMONIOSA ENTRE UMA OCUPAÇÃO E UM EQUIPAMENTO, ENTRE O FATO DE ESTAR NUM TEMPO E NUM ESPAÇO ESPECÍFICOS, DE NELE EXERCER OCUPAÇÕES DEFINIDAS E DE SER DOTADO DAS CAPACIDADES DE SENTIR, DIZER E FAZER QUE CONVÊM A ESSAS  ATIVIDADES." P.43


Hic et nunc é uma expressão latina que significa literalmente "aqui e agora". A expressão hic et nunc faz parte do Existencialismo, que é uma doutrina da filosofia que têm ênfase na liberdade das pessoas, ao mesmo tempo em que ressalta a responsabilidade de cada um. Para a filosofia existencialista o homem é responsável pelos seus atos, portanto se ele quer algo para “agora ou nunca”, ele terá que arcar com as consequências, independente se forem boas ou ruins. Sintetiza a filosofia existencialista, em que o Homem é considerado na fragilidade da sua condição finita, a qual se manifesta exatamente na individualidade do Homem presente em um tempo nunc e um espaço hic finitos (cf. Idealismo), o que constitui a causa da infelicidade humana.
Hic et nunc designa assim o imediatismo, a recusa da espera, da paciência, do desvio e da frustração. Hic et nunc é o lema do desejo imperativo de satisfação.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hic_et_nunc










"O ponto de partida desta reflexão era,as mais das vezes, um sentimento de impaciência frene o NATURAL com que a imprensa, a arte, o senso comum, mascaram continuamente uma realidade que, pelo fato de ser aquela em que vivemos, não deixa de ser por isso PERFEITAMENTE HISTÓRICA: resumindo, sofria por ver a todo momento confundidas, nos relatos da nossa ATUALIDADE, NATUREZA E HISTÓRIA, e queria recuperar na exposição decorativa do-que-é-óbvio, o abuso ideológico que, na minha opinião, NELE SE DISSIMULA." (P.7 - INTRODUÇÃO - ROLAND BARTHES.)




"Sabemos também como esse frenesi de decifração das mensagens enganosas de toda imagem se INVERTEU NA DÉCADA DE 1980 COM A AFIRMAÇÃO DESILUDIDA DE QUE JÁ NÃO HAVIA POR QUE DISTINGUIR IMAGEM E REALIDADE. Mas essa inversão não passa de conseqüência da lógica originária que concebia o processo social global como um processo de autodissimulação. O segredo oculto nada mais é, afinal, que o funcionamento óbvio da máquina." P. 44-45

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Baudrillard

Jean Baudrillard (Reims27 de julho de 1929 — Paris6 de março de 2007) foi um sociólogo e filósofo francês.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Madame_Bovary

Madame Bovary é um romance que foi escrito por Gustave Flaubert e que resultou num escândalo ao ser publicado em 1857. O livro é considerado pioneiro dentre os romances realistas; não somente, o livro tornou-se famoso por sua originalidade, o qual posteriormente levou a cunhagem do termo de psicologiabovarismo, em referência as características psicológicas da protagonista da obra. Quando o livro foi lançado, houve na França um grande interesse pelo romance, pois levou seu autor a julgamento.
Flaubert foi levado aos tribunais, onde utilizou a famosa frase "Emma Bovary c'est moi" (Emma Bovary sou eu) para se defender das acusações. Acusado de ofensa à moral e à religião, num processo contra o autor e também contra Laurent Pichat, diretor da revista Revue de Paris, em que a história foi publicada pela primeira vez, em episódios e com alguns pequenos cortes.
A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolveu Flaubert, mas o mesmo procedimento não foi adotado pelos críticos puritanos da época, que não perdoaram o autor pelo tratamento cru que ele tinha dado, no romance, ao tema do adultério, pela crítica ao clero e à burguesia: (Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração - tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens.)
É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista. Clássicos da literatura já foram censurados e seus autores julgados por ofender a moral, a religião e os bons costumes. Em alguns casos, quanto maior o escândalo, maior o interesse provocado nos leitores, que adquiriam os livros movidos pelo sabor do escândalo. Madame Bovary, de Gustave Flaubert, além de causar furor na época, foi além e criou um novo estilo literário. Considerado a primeira obra-prima da ficção realista, Madame Bovary foi publicado em 1857, causando grande controvérsia.

"Entrementes, os imbecis foram instruídos na arte de RECONHECER A REALIDADE POR TRÁS DA APARÊNCIA e as mensagens ocultas." ..."DISSENSO quer dizer uma organização do sensível na qual não há realidade oculta sob as aparências, nem regime único de apresentação e interpretação do dado que imponha a todos a sua evidência. É QUE TODA SITUAÇÃO É PASSÍVEL DE SER FENDIDA NO INTERIOR, RECONFIGURADA SOB OUTRO REGIME DE PERCEPÇÃO E SIGNIFICAÇÃO. Reconfigurar a paisagem do perceptível e do pensável é MODIFICAR O TERRITÓRIO DO POSSÍVEL E A DISTRIBUIÇÃO DAS CAPACIDADES E INCAPACIDADES. O DISSENSO PÕE EM JOGO, AO MESMO TEMPO, A EVIDÊNCIA DO QUE É PERCEBIDO, PENSÁVEL E FACTÍVEL E A DIVISÃO DAQUELES QUE SÃO CAPAZES DE PERCEBER, PENSAR E MODIFICAR AS COORDENADAS DO MUNDO COMUM. É nisso que consiste o processo de subjetivação política: na ação de capacidades não contadas que vêm fender a unidade do dado e a evidência do visível para desenhar uma nova topografia do possível."P. 48-49